Este é o conto que eu criei com a ajuda da galera do Facebook que vai ter seus créditos postados amanhã no dito cujo.
Ok. Primeiro de tudo, o texto não tem nome. Eu não conseguir pensar em um nome pro conto. Eu não consigo nem pensar em um nome pro meu blog quanto mais isso. Mas se vocês tiverem ideia pro título, deixem as sugestões nos comentários desse post e eu vejo o que faço. Segundo, definitivamente, nem de longe é uma das minhas melhores criações. Mas vocês tiveram a chance de opinar sobre o tudo na história e eu apenas tive que trabalhar com as circunstâncias que vocês me deram, então não me culpem. E por último existe a possibilidade de eu postar histórias de outros autores com as mesmas circunstancias mais diferentes aqui no blog. Então se vocês tiverem ideias de textos assim, é só entrar em contato aqui, pela page, pelo twitter etc. Aqui vai a história. Divirtam-se:



"Uma coisa Elizabeth tinha que admitir: o cabelo dela cheirava a chocolate.
Do tipo mais doce e meloso de chocolate. Ela podia sentir o cheiro forte do chocolate enquanto caminhava apesar de fingir ignorá-lo. Nunca admitiria que Amanda tinha razão. Nem sob pena de morte.
De qualquer forma ela tinha mais com o que se preocupar. Muito mais com o que se preocupar.
Com o estouro do aparecimento de bruxos na Inglaterra no fim do milênio (existe algum tipo de profecia sobre isso, não?), ela andava como se pisasse em ovos. Tudo era muito frágil. Não se sabia o que fazer e nem em quem confiar. E sem a ajuda da Amanda as vezes ficava muito pior.
Para piorar muito a situação, estava havendo desaparecimento de bruxos e ficava cada vez mais perto. Tudo começou em Glouchester e a último desaparecimento aconteceu em Londres. Um primo de Amanda.
Elizabeth estava achando tudo aquilo péssimo. Ainda mais agora que seu namorado , "supostamente rebelde", Lucas havia se tornado o tipo super protetor que ignora o fato dela ser mais forte que ele. Ela revirava os olhos cada vez que ele dizia que "Seus poderes só são mais fortes, não são tão bem treinados quanto os meus". Afinal, ela pensou, aquelas brigas em que ele se meteu podem ser contadas como treino? E o uso irresponsável de poderes?
- Ah meu Deus, eu estou falando como Amanda agora! Tenho que parar com isso. - Elizabeth diz quando chega ao lugar onde pretendia. Então ergue o pulso e bate na porta devagar.
A pessoa que ela tanto esperava ver abre a porta. Elizabeth prende a respiração. Ele apenas sorri.
Elizabeth parou antes mesmo de dar o primeiro passo e uma lembrança lhe veio a tona...
Em um quarto escuro e arejado, uma jovem menina, de mais ou menos 4 anos, olha para frente distraída, com um ar de curiosidade e medo no rosto. Não dava para ver o que ela via pois a luz estava apagada deixando tudo num breu como dito antes. Pelo o que a luz deixava ver, a menina era bonita. Tinha brilhantes olhos vermelhos (estranho não?), cabelos curtos e picotados com um lindo e estranho tom roxo que brilhava igualmente aos seus olhos. Tinha pele branca e era ai que a memória acaba.
Elizabeth só tinha a certeza de que a Garota (supostamente uma garota pelos cabelos) lembrava muito Lucas, tinha a mesma expressão sombria... mas algo lhe dizia que as aparências poderiam muito bem enganar os olhos.
Elizabeth então sentiu o braço de alguém sobre seu ombro e por estar em um "transe" sua primeira ação foi pegar o braço e o torcer, seus olhos estavam negros e ela realmente estava pronta para matar alguém até que ouviu uma voz muito baixa....
- Lise, sou eu. LISE! - ela parou imediatamente enquanto os olhos voltavam ao tom normal e algumas lagrimas teimavam em cair, Lucas a abraçou mesmo sem entender nada do que aconteceu, era como se a memória a perturbasse, como se aquilo fosse tão ruim que nunca desejaria a ninguém, nem a seu pior inimigo.
‎- O que aconteceu? - Lucas pergunta tentando acalma-lá.
- Nada. - Elizabeth responde fungando. - Eu estou bem. Completamente bem. Sério.
Ele ergue uma sobrancelha.
- Então o que acabou de acontecer?
- Nada. - Ela para, um pensamento ocorre - Só um... nada na verdade. Não se preocupe.
Ele puxa o queixo dela na direção de seu rosto deixando seus olhos na altura dos dele, e fixa os olhos nos dela. Elizabeth odeia quando ele faz isso. Quando ele a olha daquele jeito, ela se sente exposta. Nua. Como se todos os segredos dela deixassem de ser segredo.
Então ele solta seu queixo e beija a testa de Elizabeth da forma como ela gosta. Depois suspira.
- Eu disse que poder não é nada sem preparo.
Elizabeth conta até dez. Mas de repente suas íris tivessem vontade própria e simplesmente se revirassem sozinhas.
- E eu disse que não foi nada.
Ele a ignora.
- O mundo está perigoso agora, Lizzie para todos. Eu não posso me dar ao luxo de deixar você desprotegida.
- Eu não estou desprotegida, Lucas. Nunca estive.
- Então o que acabou de acontecer?
- Nada. Eu já disse que não foi nada.
- Uma bruxa da sua linhagem não fica paralisada e depois desnorteada como você ficou por nada Elizabeth!
Ela engole em seco. Lucas nunca a chamou de Elizabeth. Nunca mesmo. Alguma coisa séria está acontecendo, e Lucas sente isso graças ao amuleto pendurado em seu pescoço. A mãe de Elizabeth deu pra ele dizendo que ele sempre sentiria quando ela estivesse em perigo caso fosse o amor verdadeiro dela e blá, blá, blá. Pelo visto tudo era verdade, Lucas podia sentir mais até do que a própria Elizabeth sentia sobre aquilo tudo. E o que ela sentia era: muito medo. Elizabeth respira fundo.
- Eu estou bem. Não mentiria pra você sobre isso.
Lucas junta as mãos fazendo com que os dois dedões e os dois indicadores formem um L. Então suspira.
- Você mentiria sim.
Elizabeth então percebe que é necessário acertar outro ponto.
- E você não confia em mim.
- Mas é claro que eu...
- Não, não confia. Você não quer me deixar cuidar disso por mim mesma.
- Mas é só porque eu quero você bem.
- Eu estou bem. E mesmo assim você não quer que eu lide com isso por mim mesma.
- Você não confia em mim! Se confiasse me contaria o que aconteceu!
Ela não tinha previsto essa.
- Touché. Eu conto. Se você concordar em me deixar resolver isso sozinha.
- Eu deixo. Se você jurar que vai me pedir ajuda quando precisar.
- Eu juro.

- Eu fui adotado. - Lucas diz suspirando - Meus pais simplesmente me acharam na escada.
Elizabeth contou a Lucas tudo que viu inclusive o fato de ter percebido que a garota parecia com ele. 
- Porque você nunca me contou isso?
- Porque eu não sei de onde eu venho. Não conheço meus antepassados. Eu sempre tive medo de ir muito longe com meus poderes porque não sei nada sobre a minha linhagem. Você me namoraria se soubesse disso?
- É claro que namoraria. Eu amo você.
- Não é essa a questão, Lizzie. É perigoso. Eu não sei o nível dos meus poderes. Eu não sei pra que lados eles vão me conduzir. E sem conhecê-los, eu não posso controlá-los. Quantas histórias de bruxos que se deixam dominar pelos poderes você já ouviu? Eu não quero envolver você nisso.
- Eu confio em você. Eu acredito que você vai poder controlar.
Lucas suspira. Então ele entrelaça os dedos nos dela e coloca a outra mão no rosto de Lizzie com os olhos nos dela. Ele acaricia seu rosto até os grandes cachos que estão do mesmo tom que a bochecha dela agora. Um tipo de rosa bebê. E depois se afasta.
- A questão não é essa agora. - Lucas diz balançando a cabeça - A questão é, o que essa lembrança significa quem ou quê a enviou pra você. E porque.
Elizabeth funga como se tivesse chorado e diz:
- Você está certo. Precisando ir mais fundo nessa história toda. - Lucas sorri. Ela prossegue - Conhece algum feitiço?
Ele pega o pingente em formato de uma pequena rosa, que fica escondido sob sua camiseta, e começa a brinca com o pingente nos dedos.
- Não. Mas conheço alguém que conhece.

O clichê da feitiçaria. Era disso que Elizabeth e Amanda chamavam a frase que a mãe da primeira tanto gostava de repetir: "Feche os olhos, respire fundo, livre sua mente de qualquer pensamento, foque no feitiço". Sim. Essa frase era definitivamente o clichê da feitiçaria. Fazia vassouras, e caldeirões parecerem originais e únicos.
- Eu já entendi! - Elizabeth diz interrompendo a 7 vez que sua mãe repete a frase.
- Não precisa ficar tão nervosa, Lizzie. - Lucas diz da janela.
Eles estão na sala de estar da casa de Elizabeth que está sentada em um tapete vermelho felpudo cheio de perfumes feitos com ervas supostamente mágicas, na famosa posição de lótus - apesar das pernas dela doerem naquela posição. Ela suspira fundo.
- Não estou nervosa. Nem um pouco.
- Da mesma forma como você não é teimosa, rebelde, mandona, ciumenta e esqueci alguma coisa? ah sim,explosiva.
- Lucas, você não está ajudando. - Elizabeth diz entredentes.
- Por favor meninos, parem! - Lucy diz.
Lucy Ward é uma ex-professora universitária que ensinava Ciências Místicas, até a matéria ser extinguida das faculdades inglesas. Foi mãe solteira ao 16 anos e nunca se casou. Hoje em dia vive em Londres com a filha de 16 anos, estudando cada vez mais magia antiga. Acho que todos concordam que essa é a melhor descrição dela.
- Agora se foque no feitiço, Elizabeth.
- Ok.
Dessa vez ela realmente se foca. É como se ficasse presa numa bolha sem nenhum incomodo vindo de fora. Então a memória que estava tentando conectar vez com todas as forças puxando Elizabeth para si. Deixando-a completamente envolvida e possuída por ela:

Ela está de volta ao lugar escuro e encara os olhos vermelhos da garotinha. Naturalmente sem perceber Lizzie, a menina pega um caixote e se senta sobre ele. Durante vários minutos ela continua parada, sentada, respirando fundo e pensando. Mas quando Elizabeth começa a ficar entendiada, a sala onde eles estão explode mandando tudo pros ares com exceção de Elizabeth e da garotinha que faz um feitiço chamado "bolha de ar" (o nome não é original, eu sei) que é muito útil pra casos de incêndios e de afogamentos.
A cena muda rápido, mas antes que Elizabeth possa se situar ela tem tempo de ficar brava. Primeiro porque ela só aprendeu esse feitiço aos 9 anos, e segundo porque nem de longe Elizabeth tinha reflexos tão rápidos quanto aquela garotinha de olhos vermelhos, e cabelo roxo. Na verdade, ela só conhecia uma pessoa que tinha reflexos tão bons. Mas a garota que criticava o tom rosa dos cabelos dela e o cheiro de chocolate da tintura de cabelo, nunca poderia ter tido cabelos tão roxos. A menos que...
Finalmente Lizzie presta atenção no lugar onde está. Parece um daqueles escritórios de advogado que ficam no subúrbio de Londres. Uma mesa de escritório com uma cadeira enorme de couro, onde um homem mal encarado está sentado, com uma mulher em pé ao seu lado e uma cadeira de frente para os dois onde a menina está sentada são as únicas coisas que compõem o ambiente. A garotinha está encolhida com uma expressão que demonstra um medo inocente. Como o medo do desconhecido e não o medo de um perigo eminente. Elizabeth sente exatamente o contrário.
- Ela não parece tão poderosa agora. -  A mulher com uma voz fina e melosa diz.
- Não se deixe enganar pelas aparências. - O homem responde. - Ela não deveria estar viva. Simplesmente não deveria.
- Cesar dê mas alguns dias a pobrezinha. Repense nisso.
- Eu simplesmente não suporto pensar que uma garotinha é a única coisa que me impede de me tornar o bruxo mais poderoso do mundo, Ana.
- Ela não é a única coisa. Nem a única pessoa. Ainda tem aquele irmão perdido dela.
O homem, Cesar, ri.
- Eu não me preocupo com ele. Acredite. Definitivamente.
- Mas mesmo assim querido, repense sobre o que você vai fazer a ela. Ela é só uma garotinha.
- Uma garotinha que não deveria estar viva. Simplesmente não deveria.
O tom que ele usa ao repetir isso faz com que Lizzie trema por dentro. Mas então a cena muda outra vez, de repente a garotinha está presa em uma espécie de cela. Mas o que Lizzie percebe imediatamente é que a menina está completamente diferente. Seus olhos estão azuis e o cabelo tem um tom de castanho que ela reconhece imediatamente como o tom de castanho de...
- AMANDA! - A voz soa gelada e cruza a sala de uma forma dramática vinda de lugar nenhum.
A garotinha ergue os olhos na direção do telhado e fala pela primeira vez nas três cenas:
- Mamãe?
- Olá querida. Está tudo bem agora. Não há nada pra sentir medo. Você vai ficar bem.
A garotinha Amanda sorri.
- Elizabeth?!?
Ah, então um fantasma me mandou essas lembranças? Legal. Ela pensa cheia de ironia.
- Eu sei que você está ouvindo isso. Sim, Amanda e Lucas são irmãos e ambos são os bruxos mais poderosos do mundo. Por isso os separei, era muito perigoso mantê-los juntos, mas você os uniu. Você é a linha que liga os dois. E precisa protegê-los.
Ah é claro. Eu preciso proteger os bruxos mais poderosos do mundo. Sou a única capaz. Ótimo.
- Você sabe o que fazer. Eu acredito em você.
E então Elizabeth está de volta a sua sala de estar. Lucas parece a beira das lágrimas na janela. Lizzie lhe manda um sorriso amarelo:
- Quanto tempo eu fiquei lá?
Lucas suspira. Ele vai chorar, ela pode sentir isso. Então ela simplesmente sabe o que fazer.
- Ei. Está tudo bem agora. Não há nada pra sentir medo. Você vai ficar bem."
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Querem continuação?
Então lotem a page com seus pedidos e eu posso pensar no caso. =)

Juh'