Aviso: Este é um post enooorme escrito por uma fangirl adolescente sobre sua mais nova banda preferida. Se você não gosta de fangirls, música boa ou adolescentes é recomendado que você não o leia.
Aviso nº 2: A banda abaixo causa níveis incontroláveis de vício. Eu estou de boas em ser a culpada por levar esse vicio a mais pessoas.

¡¡Hola!! Eu não sei se alguém aqui se lembra dessa "coluna" (eu realmente deveria parar de chamar meus marcadores de colunas, mas não existe palavra para definir como esses posts são organizados, então é isso aí mesmo) do blog, a "Como nasce" (que já teve 2 posts, o último em 2013), onde eu explico o processo criativo das coisas que faço. Uma pessoa normal diria "obsessão não é arte para ter processo criativo", mas convenhamos, eu passo tanto tempo me dedicando a uma obsessão que para mim é uma arte. Além disso, é bom que as pessoas saibam como eu fico obcecada por algo para o caso delas tentarem impedir isso de acontecer de uma próxima vez.
Alguns meses atrás eu fiz um post sobre minhas obsessões explicando como é perfeitamente normal que eu e todos os adolescentes do universo tenhamos fases obsessivas onde ficamos falando ou fazendo apenas uma coisa. Mas mesmo isso sendo bem normal, minha mais nova obsessão musical é completamente diferente de todas as outras obsessões que eu tive. Ao ler isso provavelmente todos os meus amigos pensaram "é mesmo, você está 900% mais chata com essa obsessão do que geralmente é com as outras", o que é verdade, mas não é isso que eu quero dizer. Eu nunca, em todas as obsessões que já tive na vida, me senti do jeito que eu me sinto por MisterWives. E eu realmente espero que essa postagem consiga fazer todo mundo entender o porquê.

Tem pelo menos umas 10 tentativas de desenho desse logo no meu caderno. Nenhuma delas bem sucedida, como vocês podem imaginar. Eu também comprei um colar que tem como pingente 3 anéis levemente parecidos com esse, e estou usando todos os dias desde sábado. Ele representa a formação original da banda. Depois de saber disso: você quer mesmo continuar a ler este post?
Exatamente um mês atrás (sim, foi de propósito) eu estava procrastinando para caramba (e nem tenho vergonha de admitir isso, que absurdo) em relação a escrever este post aqui (que por sinal já estava atrasado), quando resolvi entrar no Vine (aquele aplicativo de vídeos de 6 segundos que eu acho que todo mundo sabe o que é e eu não sei porque estou explicando). Enquanto fuçando o perfil de uma das minhas viners preferidas eu reencontrei o vídeo abaixo:

Você precisa clicar no ícone de auto-falante para ouvir o vídeo.

Eu já havia assistido a esse vine algumas (várias) vezes e tinha uma vaga sensação de que já tinha ouvido a música em algum lugar. Eu sempre gostei do vídeo e já tinha pensado em procurar a música, mas sempre passava direto e provavelmente faria isso outra vez, se fosse qualquer outro momento exceto aquele. Naquela hora, com todo meu espírito procrastinatório e toda a minha preguiça de escrever incutidos em mim, eu resolvi procurar a música. Óbvio que deu merda.
Já que minha irmã fará 15 anos em maio deste ano, ela vive procurando músicas mais dançantes para colocar em uma festa hipotética (ela até agora não sabe se vai ter festa) e eu me lembro que a primeira impressão que eu tive de Reflections, ouvindo só o refrão, foi que a música provavelmente entraria para essa lista, uma música dançante, possivelmente eletrônica. Eu imaginava que seria algo no estilo Clarity (Zedd feat. Foxes). E foi por isso que eu fui surpreendida e me mantive presa ao clipe inteiro desde os primeiros acordes. A música era bem diferente do que eu esperava. E também totalmente incrível.


Ei, leitor desavisado que viu o clipe uma vez e já se sentiu meio apaixonado por qualquer um dos membros da banda: EU SEI COMO VOCÊ SE SENTE.

Eu meio que senti que estava ferrada. Não, eu não meio que senti, eu simplesmente sabia. Lembro (e posso provar já que minha irmã estava presente) que na terceira vez seguida em que eu assisti o clipe, eu apenas tirei os olhos do celular por um instante, fiz um som parecido com algo entre um bufo e um suspiro e disse "MERDA, eu consigo me sentir ficando obcecada por isso aqui". Então eu fui procurar a letra da música, porque se é para me viciar em alguma música, eu preciso saber a letra dela corretamente. No resto daquele dia, eu ouvi/assisti Reflections umas 50 vezes e inclusive postei no meu Facebook pessoal a seguinte frase que resume meus sentimentos pela música até hoje: "Sabe quando você ouve uma música e sente que só vai ouvir ela pelo resto da vida? Estou exatamente assim no momento."
No dia seguinte, uma sexta-feira 13, eu percebi que se eu queria me casar com a vocalista de uma banda (que foi, seus julgadores? vocês ouviram aquela voz???) eu pelo menos deveria saber mais de uma música deles. Aí eu fiz uma coisa que eu nunca faço. Tipo, nunca... mesmo. Mesmo, mesmo. Se vocês quiserem ter uma noção de como eu nunca faço isso, saibam que eu ainda não ouvi o Bangerz inteiro. Eu vivo dizendo para as pessoas que Panic! at the Disco é a banda que eu mais gosto de ouvir quando estou escrevendo, mas a verdade mesmo é que eu só sei duas músicas deles (e sim, são as mais populares). E ainda assim, apesar destes precedentes, e apesar de eu ser a pessoa mais poser que já pisou na face da terra (eu meio que já aceitei que eu sou poser de tudo que me considero fã... é tão mais fácil), lá estava eu, Giulia Santana, às 9h30 da manhã da sexta-feira de carnaval, ouvindo todas as músicas da banda MisterWives via Spotify. Eu quase sempre aprendo uma música de cada vez. Eu ouço uma, continuo ouvindo até meus ouvidos sangrarem e aí quando canso, mudo para uma nova. Quando eu ouço um CD inteiro eu me foco nas que mais gosto e só ouço elas por dias. Eu não ouço todas as músicas de uma banda de uma vez só, não é a forma como eu ajo musicalmente falando... E ainda assim era exatamente o que eu estava fazendo.
Eu estava muito animada em relação a isso tudo. Eu aprendi a cantar Coffins e Kings and Queens naquela tarde, Riptide (que é um cover) (mas eu não sabia na hora) (não me julguem) e No Need For Dreaming (que é do álbum que saiu 11 dias depois, mas já estava disponível em versão acústica naquele dia) da sessão que o Spotify fez com eles tiveram suas letras decoradas naquela noite (teoricamente, porque é basicamente impossível aprender a letra correta de uma música deles só de ouvido, você precisa ver a letra). Eu realmente não queria ouvir mais nada que não fosse o som deles (exceto pelo clipe novo da Taylor Swift, que saiu naquela manhã). Ainda assim, eu não disse uma palavra direta sobre eles na internet. Eu surtei muito no Twitter, mas não disse o nome da banda que estava causando aquilo até o fim da noite. A razão é que a sensação que eu tinha era que todo mundo conhecia a banda menos eu e para não soar muito burra, antes de sair dizendo para todo mundo que eu estava viciada nela, eu precisava pelo menos saber algumas coisas básicas. Então eu li a página deles na Wikipédia, achei o Twitter oficial e stalkeei até não poder mais. Isso meio que ferrou comigo um pouquinho mais profundamente. Primeiro, porque a história deles é daquelas extremamente legais de melhores amigos fazendo música em NY. Aquele tipo de história que não da para não se apaixonar, sabe? Segundo, porque enquanto stalkeava eu notei que eles tinham cerca de 20 mil seguidores. Um fandom de 20 mil seguidores é mais do que considerável, mas uma coisa é ficar obcecada por uma banda que tem 40 milhões de seguidores - a sensação é que todo mundo está obcecado por aquela banda e que você é só mais um - e outra é ficar obcecada por uma com o fandom de 20 mil - a proximidade entre os artistas e o fandom é bem maior (eu já fui notada por eles 4 vezes em um mês - a última delas hoje) o que leva a mais sentimentos e mais sofrimento (sentimentos e sofrimentos aos quais eu já fui muito submetida). Só que, quando eu descobri isso, já era tarde demais para não me apaixonar pelo som deles: eu já sentia que não conhecia música antes de ouvir MisterWives.


(Essa foto me fez perceber que a banda inteira tem olhos azuis, exceto por ela. E agora eu to sofrendo PORQUE FIQUEI OLHANDO PARA OS OLHOS DELES, QUE MORTE HORRÍVEL.)
Eu não vou narrar tudo que eu fiz nesse mês de obsessão, até porque esse post ficaria muito chato. A única forma que eu tenho de dizer como a música deles me faz sentir é copiando um trecho de uma uma carta que eu escrevi em meu diário, destinada para a Mandy (vocalista da banda) em uma madrugada em que eu não conseguia dormir (não sou responsável por nada que eu faço depois das 22h): "Eu nunca me senti tão conectada com nada na minha vida. A música de vocês me faz querer dançar como se eu fosse louca, enquanto me faz não querer fazer absolutamente nada além de ouvir. Me quebra em pedacinhos e ao mesmo tempo me faz me conectar com partes de mim que eu não sabia que existia." E depois a carta fica supermelosa o que é um dos motivos pelos quais a Mandy nunca lerá isso, mesmo que tenha sido escrito pra ela.
Eu sempre gostei de música. Quer dizer, quem não ama música? Quando criança, eu ouvia o que minha mãe ouvia e como aprendi a falar cedo, ficava nessa de cantar e ouvir uma mesma música várias vezes desde bebê. Também sempre tem música nos eventos da minha família, são pouquíssimos os Santana que não cantam. Eu sempre observava como a música podia nos distrair por uma tarde inteira, nos fazer rir e chorar e ficar envolvido naquilo ali até a exaustão. Entretanto, só aos nove anos (quando finalmente tive internet em casa) eu descobri meu próprio gosto musical. Sempre tive orgulho do fato de que as músicas que eu mais gosto agora não foram influencia de ninguém (também sempre soube que tinha um péssimo gosto musical que, na verdade, só começou a melhorar agora). São músicas que eu fui descobrindo na internet, no rádio, na vida. E mesmo sempre tento amado música dessa forma, depois que eu ouvi MisterWives a sensação foi tão diferente, tão mais intensa que tudo que eu consigo pensar é: "AAAh, então é assim que música deve fazer você se sentir.".
É exatamente por isso que eles me fizeram quebrar algumas das regras pelas quais eu vivia. Por exemplo: eu nunca digo que amo nada antes de 3 meses. Não por nenhum motivo específico, apenas porque eu acho que 3 meses é o mínimo de tempo para você conhecer alguém suficiente para amar. E ainda assim, eu disse em voz alta que amava eles 3 dias atrás. Quer dizer, qual é, é amor. Outra regra é nunca me envolver demais com algo novo que tenha fandom nacional. (Eu tenho uma relação complexa com fãs brasileiros por causa de toda a briga, toda a cobrança e a necessidade de ter uma opinião formada sobre pessoas com quem você nem convive - sim, os fãs brasileiros são muito amorosos e animados, mas meu Deus, vocês realmente precisam ficar dizendo que a Giovanna Fletcher ficou feia depois que teve um filho >nas fotos dela? E quanto a ficar mandando ameaças para a Kiera Cass como se ela fosse sua BFF e fosse entender que é brincadeira quando ela já disse um milhão de vezes que tem problemas de ansiedade e que essas brincadeiras não tem a mínima graça? Cyberbullying NÃO é amor, galera) (e isso foram só 2 exemplos, mas praticamente 90% dos fãs brasileiros de qualquer coisa fazem isso, os outros 10% são os com os quais eu socializo). Tarde demais, apesar de eu ainda não ter conversado com ninguém do fandom nacional da banda (porém, eu estou quase sempre procurando por "MisterWives" no search do Twitter e do Instagram, então eu sei que vocês existem OI FANDOM BRASILEIRO DE MISTERWIVES, tomara que vocês não seja como os outros fandoms). Mas enfim, acho que eu já falei o suficiente sobre como eles me fazem sentir. Falemos agora sobre eles.

Então, essa no meio é a Mandy, do lado de cá (>) é o Etienne e do lado de lá (<) é o Will. (É exatamente assim que eu explico os pingentes do meu colar também). Eles são os 3 primeiros que entraram na banda, então são o que só eu chamo de "formação original". Eles três moram juntos. Eu vou explicar os outros membros em outra foto.
A banda é formada por 6 membros (o consenso geral é de que são só cinco, porque aparentemente o saxofonista é avulso, mas eu quero carregar o Murph para essa história porque não podem dizer que ele só "toca para a banda", se ele me causa feels do mesmo jeito): Mandy Lee (a vocalista e compositora de algumas das melhores músicas que você ouvirá na sua vida), Etienne Bowler (baterista, produtor e também namorado da Mandy, mas não vamos entrar nessa história porque se eu começar eu vou esquecer totalmente os outros membros da banda, o papel de parede do meu celular deixa isso bem claro), Will Hehir (baexista) (vocês entenderam porque "BAExista" né? pelo amor de Deus, digam que sim) (e eu copiei essa do Tumblr), Jesse Blum (trompetista, metalofonista, tecladista, acordeãoista, flautista... bem, ele basicamente toca a bagaça toda) (e sim, eu sei que dois dos adjetivos usados no parentese anterior estão errados, mas eu não faço ideia de como são os certos e nem quero procurar),  Marc Campbell (guitarrista e eu ia colocar uma piada sobre ele ser escocês aqui, mas não vou mais) e finalmente Michael Murphy (o saxofonista que já foi zoado nesse parágrafo).
Agora vamos a história da banda, que eu resumi de todas as entrevistas e de todo o stalk que eu fiz no último mês (eu tenho links das entrevistas caso alguém esteja interessado): a banda começou aos pouquinhos (eu não vou falar sobre a vida deles antes da banda porque só a vida da Mandy antes da banda já daria um post inteiro). Primeiro a Mandy conheceu o Will através de um amigo em comum e depois de um tempo (eu acho que eu ouvi 2 semanas em algum lugar, não posso dar certeza disso, mas soa como algo que eles fariam) foram morar juntos, construindo uma parede no apartamento de um quarto da Mandy (que morava sozinha havia algum tempo) para poder fazer música juntos. Tempos depois Mandy conheceu sua alma gê... Ahn, o Etienne ao ir comer no restaurante vegano que ele trabalhava e que ficava a uma quadra do restaurante vegano que ela trabalhava (eu vou falar mais sobre o veganismo deles no futuro, porque é uma parte importante da equação). Em uma entrevista, ela disse que ele correu pra ela superanimado falando sobre um projeto musical que ele tinha começado e foi assim que eles começaram uma amizade que envolvia falar de música, comer comida ótima e beber muito. No aniversário dela, eles se uniram para fazer o cover dos anos 80 que foi citado na Wikipédia. Após isso, e já sob o nome de MisterWives, Mandy e Will se mudaram para o apartamento de Etienne e se transformaram numa família feliz. Etienne foi quem apresentou Marc (que foi batender deles por um tempo) (sim, todo mundo nessa banda é meio bêbado) e Jesse aos amiguinhos, apesar de eu não fazer ideia de em que momento da história isso aconteceu. Já o Murph eu não sei como entrou nessa banda já que ELE NÃO ESTÁ NUNCA EM NENHUMA ENTREVISTA! Mas eu sei com certeza, que ele está na banda desde o início de 2013 (que foi basicamente o início da banda). Eles disseram que no primeiro ensaio com todo mundo junto, eles simplesmente sentiram que aquilo tudo estava certo. E logo após o primeiro show com todo mundo junto (em 1º de fevereiro de 2013), eles ganharam a proposta de um contrato com a Photo Finish Records, assinando no dia seguinte. Minha reação ao quanto esses dois últimos fatos são perfeitos é resumida em uma única palavra: IDHDFIHIFHIHIUHFDSHIFW0URIDJDIOFHGFSBFDFDSUGIOGHSOIFDHIOAFUOIFHIRO98Y8REWHADAEW98YWR4Y8EDHIOAEH98DIOSDSNDSJBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
ANYWAYS, eu estou entrando no 14º parágrafo desse post (nesse momento várias pessoas ficaram em choque pelo tamanho do post) e ainda não expliquei o que diabos significa o nome da banda. Existe um termo em inglês chamado "SisterWife" (literalmente irmã-esposa) que define a relação entre duas mulheres casadas com o mesmo homem, geralmente tendo consciência disso e convivendo juntas (como acontece em determinadas comunidades atualmente), não em casos em que o cara tem "duas vidas". O nome da banda, MisterWives, significa que a Mandy casou com todos os garotos e que eles se tornaram amigos por isso, então é em resumo uma brincadeira de gêneros invertidos com esse termo. (Meio que faz meu comentário sobre me casar com ela meio bobo né?) (E só pra ficar claro: eu só persisti nessa história de me casar com a Mandy por uns 2 dias. Depois eu descobri que ela namora o Etienne e agora eu quero que os dois me adotem porque fala sério).
Outro fato importante sobre a banda é que os membros (ok, metade dos membros) são veganos ou vegetarianos. Meio que começou com a Mandy que se tornou vegana 7 anos atrás (a maioria das pessoas toma decisões idiotas e faz altas burrices aos 15 anos, mas Mandy Lee se tornou vegana e começou a trabalhar para perseguir seu sonho de cantar aos 15 anos porque ela é MANDY FUCKING LEE) porque vê isso como uma forma de salvar os animais, que ela sempre amou. E já que ela é uma cozinheira maravilhosa até que foi fácil levar os outros membros da banda a repensarem seus hábitos alimentares. Na verdade, eu acredito que o Etienne já era vegano (o vegetariano, eu nunca tenho certeza de nada) na época em que conheceu ela, já que ele trabalhava em um restaurante vegano, mas eu não tenho 100% de certeza disso. A questão é que eu estou seguindo tanta gente vegana no Instagram atualmente que eu já cheguei ao ponto de ver uma pizza integral de pimentão, couve-flor, cebola e tomate no feed e isso me deixou com muita fome. Eu só estou dizendo tudo isso para mostrar a vocês como MisterWives é o tipo de banda para se orgulhar de ser fã.
Eles são tão apaixonados por animais que eles têm espíritos animais que inclusive decoram as capas do EP e do álbum deles. O da Mandy é um elefante, do Etienne um polvo, Will um dinossauro, Jesse um esquilo, Marc um beija-flor e Murph um urso polar. Então semana passada eu decidi que meu espírito animal é um gato. Por três motivos: primeiro porque minha personalidade bate com a de um gato (e eu percebi isso há vários meses), segundo porque eu quero ter um gato, mas o resto da casa odeia gatos então eu nunca terei um gato e terceiro porque eu tenho um número excessivo de camisetas de gatos, todas compradas no último trimestre porque eu estava fazendo um protesto contra o ódio por gatos que existe nessa casa. GATOS, é tudo que tenho a dizer.

Uh, olá, gente linda. Então além do que vocês já conheceram na última foto: o cara com a gravata borboleta é o Jesse, o de preto aqui na frente é o Marc e o de azul atras da Mandy é o Murph. Devidamente apresentados aos membros da banda?
Depois de toda essa lenga lenga (de 16 parágrafos) sobre a história de vida dessas criaturas maravilhosas, vamos finalmente ao que interessa nessa coisa toda: a música deles. Como é diversa demais para se encaixar em um gênero só, a melhor resposta para "que tipo de som eles tocam?" é apenas indie. Indie pop, com muita coisa dançante porque eles são pessoas felizes (não, sério, eles são).
Eles lançaram um EP, de nome Reflections, em janeiro de 2014 com 6 faixas (e eu estou linkando tudo aqui porque eles são pequenos o suficiente para terem todas as músicas nas contas oficiais deles no YouTube ENTÃO DE NADA): Twisted Tongue, Reflections, Coffins, Kings and Queens, Imagination Infatuation e Vagabond. Elas são em sua maioria músicas dançantes, com um tom de calmaria no meio para você recuperar o fôlego, finalizando com uma música que vai deixar você com vontade de subir em uma montanha para gritar a letra até ficar sem voz (ou pelo menos é assim que Vagabond faz eu me sentir). As músicas foram escritas pela Mandy (a maior parte sobre um ex dela e algumas quando ela era mais nova que eu) e praticamente gravadas no quarto dela. Foi tudo produzido por eles e isso é o tipo de fato incrível sobre essa banda que me deixa com vontade de bater neles por gostar deles tanto assim. O EP está disponível no Spotify de graça e para a compra no iTunes.
O álbum deles, Our Own House, foi lançado há 2 semanas, no dia 24 de fevereiro. Ele tem 12 músicas (4 delas são as mais populares do EP): Our Own House, Not Your Way, Reflections, Oceans, Best I Can Do, Hurricane, Coffins, No Need For Dreaming, Box Around The Sun, Imagination Infatuation, Vagabond e Queens. O álbum foi bem esperado e eles foram divulgando as músicas aos poucos para atentar a vida dos fãs. Quando o álbum saiu eu só não tinha ouvido Oceans e Best I Can Do (e isso porque não fucei o suficiente, já que Oceans é uma música regravada - e muito melhorada - de uma época Mandy pré-Misterwives) (e eu também descobri agorinha que ela escreveu Oceans quando tinha só 14 anos). É estranho porque foi um ano de diferença entre o EP e o álbum e eles só estão juntos há dois anos, mas ainda assim é totalmente possível ver a música deles ficando melhor. Quer dizer, justo quando você achava que não podia melhorar BOO YAH, PODE SIM! O álbum está disponível nas mesmas condições do EP.
Eles têm o tipo de música que te faz sentir exatamente o que a vocalista quer dizer, quer você tenha passado por aquilo ou não. E nem tudo na banda é sobre as letras da Mandy ou a voz dela, as vezes, eu simplesmente me desligo dos vocais por um instante e foco no som e aquela incrível sensação de AASASIJEWIDASIADSOIDASADSDASHDFUDFSIDAIDHEWDHUJ volta com tudo. Quer dizer, como eles fazem aquilo? Como eles fazem ficar tão bom? Eu deveria pular agora ou simplesmente ficar quieta e ouvir? TIPO

"Estamos nos fazendo claras?
Somos iguais embaixo da pele
Essa é a minha disposição,
Desculpas por quebrar sua tradição"
 
Essa é uma tradução livre e interpretativa de um trecho de Not Your Way, a música deles que é sobre feminismo. Oh yeah, the feelings.
Outra coisa sobre eles é uma verdade absoluta: eles soam ainda melhor ao vivo. As apresentações deles são de matar qualquer um. Às vezes, eu preciso de vários segundos para perceber que a versão que eu estou ouvindo de uma música deles é acústica. Vagabond geralmente soa igual para mim na versão de estúdio e nas acústicas. Todo mundo que vai aos shows deles sai de lá dizendo que foi o melhor show da história. Eles estavam doentes na última semana (inclusive grande momento dramático, até chorei porque a Mandy curtiu meu tweet desejando melhoras e dizendo que não sabia se queria viver em um mundo no qual ela não podia cantar), mas deram o melhor para não cancelar todos os 4 shows que eles tiveram nesse período, então cantaram em Denver. A Mandy estava sem voz havia alguns dias e nem tinha melhorado direito, ainda estava a base de um monte de bebidas naturais malucas, e inclusive, subiu no palco com febre. Os meninos também não estavam nas melhores condições de saúde, mas AINDA ASSIM todo mundo saiu dizendo que o show foi impecável e eu vi vários "melhor show da minha vida" (e eu vi vídeos desse show, eles soam melhores doentes que muita gente bem por aí). Vocês conseguem imaginar 50% de quão bons eles são? Não? Tudo bem porque eu tenho uma versão de Vagabond que vai provar que eu estou certa.

Em qualquer parte do vídeo faça o que eu falei de se desligar dos vocais e focar no som. Toda vez que eu ouço isso em stereo eu fico arrepiada.

Os caras são tão bons, mas tão bons que eu sou apaixonada até pelos covers que eles fizeram. Riptide (originalmente do Vance Joy, que inicialmente eu achei que era deles porque sou surda e não ouvi que a Mandy diz que a música é de Vance Joy no início da bagaça do cover) (eu acabei de dizer que sou surda em um post falando sobre música? Nossa, eu sou tão confiável) (eu também disse que queria essa música no meu enterro quando achava que a música era deles, eu ainda quero, mas já que a música não é deles, eu preciso deixar claro que preciso que seja eles cantando), Out of Touch (originalmente de Hall and Oates), e Money On My Mind (originalmente do Sam Smith) são meus preferidos, mas eles também tem covers de Cindy Lauper, Drake, entre outros e um cover de Uptown Funk (Bruno Mars e Mark Ronson) faz parte da setlist da Our Own House Tour o que é bem legal, já que Uptown Funk foi a resposta que eles deram à pergunta "Se vocês só pudessem ouvir uma música pelo resto da vida, qual seria?" neste vídeo, pergunta que, inclusive, fui eu que fiz. (Sim, essa foi minha forma de mostrar uma outra vez que eles me notaram).
Geralmente, quando eu gosto muito de alguma coisa, apresento pra meus amigos já sabendo que as chances deles não gostarem são grandes (já disse que sei que meu gosto é meio bizarro). Eu apenas me preparo para ninguém gostando do assunto e quando não gostam de algo sobre o que eu estou muito animada, eu fico triste, mas aceito. Com MisterWives a coisa muda muito de figura. Porque eu não estou somente animada com a música deles, eu sei que eles são bons e o mundo inteiro precisa aceitar isso também. É um daqueles não tão raros momentos em que eu ajo como alguém extremamente mimada: uma amiga me disse que achou a voz da Mandy irritante em Reflections e eu gritei com ela (isso no meio do shopping, eu até assustei uma garotinha) e a fiz ouvir todas as músicas em casa até ela mudar de ideia (ela mudou, e inclusive ama Kings and Queens). Então, se depois desses 30 parágrafos de post você não ficou convencido de que essa banda é perfeita, SE MA... BRINCADEIRA, apenas não diga nada para mim e você sobreviverá. E eu vou finalizar esse post com o lyric video que eles postaram hoje, que meio que anuncia o novo single deles, e que não interessa o que vocês digam eu ainda vou considerar comemoração de um mês que eu conheço eles. Vocês todos deveriam assistir.

É um DIY feito pela própria Mandy, na casa da árvore onde ela escreveu algumas músicas do álbum. A casa fica na casa dos pais do Etienne e foi construída pelo próprio Etienne ELES NÃO PARAM DE FICAR PERFEITOS.

Esse post ficou enorme, então se você chegou até aqui, saiba que eu te amo<3
G.

P.S.: Reflections não é o primeiro single deles, mas Lullaby é uma música que precisa de um post inteiro para ser explicada.