FIRST THINGS FIRST, eu sei que tinha prometido um especial de Halloween que nunca foi postado e eu sinto muito por isso. A parte mais frustrante de tudo é que eu tinha dito que nunca mais prometeria posts especiais que não estivessem anteriormente escritos, mas eu realmente achava que conseguiria escrever o especial que pretendia no espaço de 11 dias entre o último post e o Halloween. Não aconteceu por vários motivos (principalmente falta de inspiração), quase nenhum deles muito justificáveis, mas é o que eu tenho pra hoje (que aliás, é uma frase que eu digo com frequência demais). Eu provavelmente vou acabar postando esse especial em algum momento assim como fiz com Infelizmente, Rio, eu te amo e com Mi Totentanz, mas eu fico um pouquinho irritada em pensar que depois de finalmente me livrar desses dois projetos que pesavam no canto da minha mente como trabalho incompleto eu tive a capacidade de inventar outra coisa e não conseguir completar. Mas antes que eu acabe me socando, vamos ao tema do post não é mesmo?
Como vocês já sabem, esta semana eu comecei duas das coisas que eu considero um dos maiores desafios da minha vida: O meu segundo NaNoWriMo e o segundo semestre da faculdade de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo (eu realmente gosto de dizer Comunicação Social com habilitação em Jornalismo). Considerando todas as semanas se arrancar o couro que eu tive este ano, eu não posso dizer que foi uma das semanas mais complicadas da minha vida, mas posso dizer que ela foi bem interessante e louca. Na verdade, foi muito mais tranquila do que eu jamais poderia imaginar, mas vamos por partes.

Eu realmente digito olhando para outra pessoa às vezes e dizem que isso é perturbador.
Meu primeiro dia de NaNoWriMo começou uma hora antes de novembro começar para mim. É que o site só tem o horário de Brasília para fusos brasileiros (alguns sites tem o "Horário de Salvador" ou o "Horário de Fortaleza" para representar a região nordeste, permitindo que quando não temos horário de verão, o horário continue correto) e o NaNoWriMo começou oficialmente para os brasileiros no momento em que se tornou meia noite no horário de Brasília. No começo, eu parecia um pouco enferrujada, mas levei uns 15 minutos para conseguir alcançar o ritmo. Munida das minhas duas playlists (O álbum The Rhumb Line de Ra Ra Riot, que dá nome ao livro & a playlist com as músicas que deram nome a meus personagens), eu escrevi sem me importar com muita coisa e consegui 2,805 palavras até as 3h30 da manhã, quando precisei me forçar a dormir já que tinha um almoço de família no dia seguinte. Depois do almoço em questão, eu voltei para casa para fazer algo que eu nunca faço no começo de NaNoWriMo. Eu normalmente só chego a 6 mil palavras quando estou em desespero, no meio do mês ou no finalzinho, quando preciso recuperar a meta perdida. E ainda assim eu terminei o primeiro dia do NaNoWriMo 2015 com 6.141 palavras. Foi um desempenho que eu nunca esperaria, mas me fez perceber que meu livro acabará com muito mais de 50 mil palavas. Então, eu não podia me acomodar ou parar de escrever porque eu preciso terminar o livro este mês, se não quiser ficar com outra história acumulada. No segundo dia, eu não mantive essa média absurda, mas passei de 4 mil palavras, o que ainda considerei um desempenho maravilhoso, alcançando 10,504 no contagem total. A escrita fluía e a história parecia lógica e com conteúdo. Mas, mesmo com a contagem alta, eu só finalizei 3 capítulos nesses primeiros dois dias e a história ainda estava no comecinho.
No terceiro dia, era teoricamente a volta as aulas e mesmo que eu só fosse ter aula 11h, resolvi ir para a faculdade em horário normal (7h30) para adiantar a escrita antes da aula começar. Deu certo: consegui escrever as primeiras 2,514 palavras do capítulo 4 naquela manhã. A única parte frustrante é que a professora que daria aula às 11h nunca apareceu e eu atravessei a cidade por nada. De qualquer forma, voltei para casa e em uma tarde que normalmente seria de vários nadas eu acabei escrevendo outras 3.307 palavras, fechando com 16,325 palavras o terceiro dia. Esse também foi o dia dos capítulos mais intensos, com detalhes sobre as tensões da trama e com mais efeitos sobre a personagem. É óbvio que eu chorei. Ou eu pode ter sido o começo da gripe já que esse foi o dia em que a mesma atacou.
Finalmente, era o 4º dia, 4 de novembro e mesmo teoricamente estando adiantada, eu estava preocupada com o fato de que realmente teria aulas, o que resultava em menos tempo para escrever. Fui para aula com a ideia de fazer anotações para o livro, mas isso não aconteceu porque digamos que minha professora de Gêneros Jornalísticos é intensa. De uma forma maravilhosa! Ela passou milhares de textos e já marcou os trabalhos? Sim. Ela tem regras rígidas que terão de ser cumpridas? Sim! Mas ela é o tipo de professora que se importa com o aprendizado dos alunos e com nosso comprometimento e passa conteúdo, exigindo o que sabe que a gente vai precisar aprender. Também conhecida como o tipo de professora que eu preciso. Gostei dela automaticamente. Eu decidi que esse será o semestre que ou eu tomo vergonha na cara, ou eu enlouqueço de vez.

Vou precisar disso no semestre mesmo
Durante a manhã minha gripe começou a ficar mais forte, o que era insuportável já que o dia inteiro foi quente e ficar gripada no calor está atrás apenas de ansiedade na minha lista de PIORES SENSAÇÕES DO UNIVERSO. Depois da aula precisei resolver algumas coisas e andei um pedaço no sol quente. Resultado; cheguei em casa enjoada e toda dolorida. Usei isso para adiar minhas obrigações e acabei passando a tarde inteira procrastinando - o que recentemente quer dizer: ficar lendo sobre signos. Ainda assim, quando peguei o livro para trabalhar direito, depois das 17h, acabei produzindo 3,759 palavras, elevando a contagem para 20,804 palavras. Em 4 dias. Eu estava em choque. Eu nunca nem sonharia conseguir essas metas nos primeiros dias de NaNoWriMo e mesmo ainda estando no comecinho, eu começava a sentir que esse ritmo se manteria assim pelo menos por um tempo e essa sensação era boa demais.
No quinto dia, eu tinha uma meta pessoal interior de chegar a 25 mil palavras (METADE DA META DO NANOWRIMO), mas disse a mim mesma para não ficar triste caso não conseguisse. Acontece que esse dia acabou sendo completamente maravilhoso? A ponto de afetar minha escrita e eu precisar lembrar a mim mesma que estava escrevendo um drama!
Eu acordei passando mal, mas como era a primeira semana de aulas eu dei meu jeito de ir para a faculdade. A professora do dia - de Realidade Brasileira Contemporânea - não foi a aula, mas no momento em que eu percebi isso, eu já me sentia um pouco melhor. Eu acabei sendo convencida a ficar na faculdade mais um tempo enquanto duas colegas (Oi, Caren. Oi, Vic) esperavam pela aula optativa delas, cuja turma eu não peguei. Eu jurava que ia me arrepender disso, já que precisava escrever, mas pensei em ficar lá até o fim da aula da minha irmã e depois ir para casa com ela. Não me arrependi nem um pouco. De alguma forma, acabamos falando sobre todos os assuntos que eu acho interessantes em um conversa só. Resultado: Saí da faculdade ainda mais inspirada.
O probleminha era que eu ainda precisei sair outra vez depois de chegar em casa e só pude voltar a escrever mesmo às 15h20. Isso dava menos de 8 horas até o fim do dia e eu precisava de 4,916 palavras. Repeti que não precisava ficar triste se não conseguisse e fui escrever como se minha vida dependesse daquilo. Alcancei as 25 mil palavras às 22h e alguns minutos e terminei a cena fechando o dia com 25,216 palavras. Foi quando eu comecei a surtar.
Gif obrigatório do NaNoWriMo, hahaha. Eu devo ter pelo menos uns 3 posts com esse gif.
Nem em meus sonhos mais loucos eu imaginava que fosse passar da metade do NaNoWriMo em 5 dias. São CINCO dias! É uma média de 5,040 palavras por dia. Não acho que já tenha escrito tudo isso em tão pouco tempo em nenhum momento da minha vida. Nem em semanas de desespero! Eu sabia que minha narradora tinha dificuldade em calar a boca (porque eu não consegui fazer com que ela calasse desde que começou, em maio), mas não imaginava que a situação fosse tão séria. A escrita tem fluido e a história faz sentido e TEM história. Eu me sinto insegura às vezes, mas repito a mim mesma que ainda existe o processo e revisão e continuo escrevendo. Eu não me sentia tão bem e tão confiante com uma história desde que terminei de escrever Mais Uma Vez, em março de 2013 e mesmo então, eu não me sentia tão submergida pela história quanto nesse caso. Eu não consigo parar de pensar na história, não consigo desligar minha mente do mundo em que ela se passa. Acho que é um daqueles casos em que a história é maior que você, ela simplesmente precisa ser colocada no mundo, ou vai te destruir. Eu já havia passado por isso com contos, como Infelizmente, Rio, eu te amo, mas com um livro inteiro? Eu nem conseguia imaginar que algo assim fosse acontecer. A melhor parte? Todas as pessoas com as quais eu falei sobre o livro (E eu tenho falado sobre esse livro com quase todo mundo que eu conheço) falaram que querem ler. Sem os "Mases" e "Mesmo ques" aos quais eu estou acostumada. Sem dizer que lerão porque gostam de mim. Eles simplesmente querem ler a história. Isso me deixa mais enlouquecidamente motivada ainda.
Os dois últimos dias da primeira semana, ontem e hoje, foram os piores, entretanto, porque eu não conseguia parar de passar mal. A gripe começou a me deixar enjoada toda vez que eu me movia mais de dois passos e eu ainda tive cólica a maior parte do tempo. Ontem, eu acabei me deitando para melhorar e perdi a sexta-feira inteira, acordando só depois das 17h. A noite eu fiquei tão desorientada que acabei conseguindo só 1,805 palavras, o que eu considero uma vitória na verdade, por ter superado a meta diária de palavras no NaNoWriMo que é de 1,667 (escrevendo esse total de palavras por dia em 30 dias você chega a 50 mil). Hoje, eu continuei passando mal e usei de todas as armas imagináveis para conseguir me sentir melhor, mas ainda assim só consegui 2,507 palavras. Isso fez com que eu fechasse a primeira semana de NaNoWriMo com 29,539 palavras, o que continua sendo completamente maravilhoso e muito mais do que eu podia imaginar. Só espero que essa gripe passe logo e eu consiga voltar ao meu ritmo do começo da semana, porque tudo que eu não preciso é juntar o Week 2 Blues com uma doença.
Outra coisa que se meteu no caminho do meu desempenho na sexta e no sábado (não por ser difícil, mas por pesar de forma que eu não conseguisse me concentrar completamente no livro) foi o trabalho designado pelo meu professor de Crítica Cinematográfica que inclusive existirá toda sexta-feira até o fim do semestre. O trabalho é justamente escrever uma crítica sobre o filme apresentado em sala, que desta vez foi Gosto de Sangue e entregar em até 24 horas (maldita tecnologia adiantando o prazo de entrega dos meus trabalhos). Crítica é justamente a optativa que eu meio que fui obrigada a pegar, como eu disse no post sobre o fim do primeiro semestre. Não que eu ache que será ruim e depois da primeira aula eu estou a considerando até bem promissora (estaria mais se o professor resolvesse passar filme de terror na próxima aula, que é uma sexta-feira 13), mas existe uma série de motivos pelo quais eu não me sinto tão prepara assim para esta aula. Além disso, minha optativa de escolha mesmo seria Produção em Cultura, que eu não pude pegar por causa do choque de horários. Isso é triste porque eu estava animada para o 2º semestre justamente para pegar aulas optativas e não consegui a que eu queria. Faculdade é uma ilusão galera, fujam.
Além das aulas citadas (sim, eu só tive duas aulas semana passada, quero só ver o que vai acontecer com o NaNoWriMo quando eu tiver todas) eu tenho Teorias do Jornalismo, História do Jornalismo e Português Instrumental II. A maioria disciplinas teóricas outra vez. Acho melhor manter o número do hospício na discagem rápida.
Vejo vocês semana que vem, com mais NaNoWriMo e A Linha de Rumo,
G.