Oi. OK OK, EU SEI. Mais de uma semana sem escrever sendo que vários projetos do Mês Literário estão esperando continuação. O plano era postar algo no dia do amigo e aí outra participação especial no sábado, mas eu tive várias crises a respeito do post do dia 20. Era algo que eu realmente queria escrever, mas depois não quis mais, porque envolvia outras pessoas. Aí eu voltei a querer, mas uma parte enorme de mim já tinha se convencido de que não daria certo justamente por causa dessas pessoas, então mesmo quando eu continuei tentando escrever o post pelos dias seguintes, simplesmente não saia e quando saía, eu ficava frustrada com cada palavra. E eu odeio muito quando a vida inteira está frustrante e a escrita acaba frustrante também. No sábado, eu desisti do post de dia do amigo e deixei para postar hoje - uma data muito importante que eu vou deixar vocês lembrarem qual é antes de dizer no próprio parágrafo. Antes disso já tinha ficado definido no meu cronograma de final de mês que esta semana nós teremos um post a cada 2 dias. Eu odeio isso porque sinto que fica muito conteúdo ao mesmo tempo e acaba enchendo vocês, mas eu ainda tenho três posts além deste aqui para o Mês Literário e dois deles são participações especiais tão maravilhosas que vocês precisam delas na vida de vocês. Eu sei que digo isso de todas as participações especiais, mas por acaso alguma das participações já postadas foram qualquer coisa além de perfeitas? Então. Apenas acreditem em mim.
Agora vamos ao post. Primeiramente, FELIZ DIA NACIONAL DO ESCRITOR. Se você me tem em qualquer rede social ou é tão louco das datas quanto eu, provavelmente já tinha sido lembrado de que dia é hoje, mas não sendo, eu sempre estou aqui para lembrar das datas mais aleatórias e hoje é dia (NACIONAL - o mundial é dia 13 de outubro) da profissão que reúne as pessoas mais malucas, psicóticas e masoquistas que você encontraria no mundo. É incrível a quantidade de gente diferente e maravilhosa que você encontra que tem a escrita como maldição... digo, vocação... e me deixa tão feliz o fato de que eu tenho conseguido me cercar de tantas pessoas talentosas nesse sentido e suas criações maravilhosas que fazem do mundo um lugar menos pior para se viver. Para todas essas pessoas, um dia feliz e muitos personagens fáceis de lidar. E para todos os meus leitores maravilhosos que fazem de escrever algo muito melhor do que já é normal: Obrigada. Muito obrigada. E para comemorar esse dia maravilhoso, eu quero falar sobre o atual maior problema da minha vida: Não saber o que escrever. E mais importante: Não saber o que escrever para o blog.
Eu tinha todos estes planos para a escrita em 2016. Eu trabalharia em Mais Uma Vez e em As Crônicas de Kat ao mesmo tempo, do meu próprio jeito e tentaria terminar os dois até o meio do ano, para no segundo semestre começar a reescrita do segundo livro de Sociedade Inglesa de Oposição. A deadline não deu certo, por causa de um monte de fatores aleatórios (fa-cul-da-de), mas por serem projetos antigos, que eu já conhecia ou estava reescrevendo, trabalhar nos dois tem sido muito tranquilo. Eu passo grandes períodos de tempo sem escrever, mas aí quando volto às minhas histórias as coisas fluem, porque a história esteve comigo por muito tempo e os personagens são velhos amigos. O problema então não é com esses projetos: São com conteúdos novos.
A inspiração para projetos novos me abandonou e não tem intenção de voltar tão cedo. Tudo de trabalhos de tema livre da faculdade, a projetos que amigas pedem ajuda, passando por contos e especialmente ES-PE-CI-AL-MEN-TE posts do blog tem saído com todo sacrifício do mundo, porque eu simplesmente não sei o que escrever. Pode ser porque minha vida tem parecido uma infinidade de dias iguais que terminam antes que eu me dê conta do que está acontecendo, então escrever sobre o que está acontecendo na minha vida parece algo sem sentido e sem graça (É assim que a vida adulta parece, crianças, corram enquanto ainda há tempo). Toda semana eu me esbarro com o debate "o que escrever para o blog?", o que me conduz aos rascunhos, às anotações malucas que eu faço em literalmente todo lugar e à uma avaliação da minha vida no momento. Aí eu entro em crise e simplesmente não quero escrever sobre nada. E foi assim que alguns meses de 2016 acabaram com um post só.
Eu já fui perguntada algumas vezes sobre de onde eu tiro inspiração para escrever no blog e eu sempre respondo que escrevo sobre coisas que acontecem na minha vida. E agora eu me pergunto: POR QUEEEEEEEEEEEE? Por que isso aqui é um blog pessoal e não um blog completamente literário?? Por que eu não posto só ensaios?? Eu falei antes sobre como a vida anda maluca e eu prefiro me refugiar na ficção. É bastante difícil voltar e pensar nas coisas que aconteceram comigo e transformar elas em palavras. Eu acredito que todo tipo de escrita, ficção ou não, acaba transbordando as experiências do autor. Direta ou indiretamente a vida e as aventuras de um escritor acabam escorrendo para as suas palavras. Mas é tão - tão tão tããããããããão - mais fácil escrever através de metáforas ou criar cenas que eu não percebo que são indiretamente coisas que aconteceram comigo até tarde demais. Ok, deixa eu me explicar: Eu não escrevo exatamente coisas que aconteceram comigo, mas vamos dizer que alguém disse algo que me deixou chateada para caramba e eu nunca tive a chance de responder a altura. Depois alguém diz algo diferente para uma personagem minha, mas que deixa ela chateada e ela responde a altura, criando uma forma de lidar com a situação. Mas nem sempre é algo tão direto, às vezes, eu simplesmente escrevo uma cena violenta ou uma cena romântica e desconto todos os meus sentimentos malucos causados pela vida na história. Só que não é isso o que eu mais gosto, eu realmente gosto de ser tão dominada pela história que eu simplesmente esqueço do mundo aqui e meus sentimentos são guiados pelo que está acontecendo naquele universo que eu criei. E ultimamente, especialmente com As Crônicas de Kat, tem sido assim. Eu escrevo e esqueço quem sou, onde eu estou e qualquer coisa que tenha acontecido. E é simplesmente muito difícil sair dessa atmosfera mágica e onírica para focar na minha própria vida e escrever sobre a realidade que parece tudo, menos mágica. Eu estou fazendo algum sentido? Vamos fazer uma pausa e voltar para o verdadeiro tema do post. Bebam uma água.
Parafraseando um sábio (eu realmente não lembro quem disse isso ou se essa foi a frase exata): O antagonista de um escritor é uma página vazia. Se você vai se forçar a escrever sobre um tema e não tem ideia nenhuma, a branquidão de uma página do Word ou de uma nova postagem no blog pode ser completamente aterradora. Mas todo mundo enfrenta bloqueio de escritor em algum momento, então nós acabamos criando táticas para evitar ficar sem escrever nada, especialmente quando precisamos escrever com regularidade para algum veículo. Eu tenho anotações. Centenas delas - sem exagero nenhum. Você as encontra nos meus cadernos (o da faculdade, o diário, minha agenda, o famigerado caderno de ideias), no meu celular (normalmente escrito de forma que só eu entenda o que eu quero dizer), nos post-its do meu quadro de post-its, às vezes na mão ou em papeis soltos que eu acho na rua. Em qualquer lugar pelo qual eu passei, você pode encontrar anotações minhas. Eu nunca tenho menos de 8 rascunhos aqui no blog (mesmo que antigamente isso me desse nos nervos, porque eu achava que não ter rascunho nenhum seria mais organizado). Exatamente para momentos em que eu não sei o que escrever. Este post - sim, este post sobre não saber o que escrever - começou com um rascunho para eu colocar no planejamento no Mês Literário. Eu preciso de uma base em rascunho de um momento em que eu tive uma ideia realmente inspirada para depois colocar ela em prática.
Você poderia perguntar porque todas essas anotações não me ajudam a escrever quando eu realmente não sei o que escrever. Mas ter muitas anotações te deixa sem saber sobre o que escrever outra vez, porque, bem, você não sabe o que escrever entre todas aquelas coisas. "Eu deveria escrever sobre a faculdade agora ou esperar aquele seminário que vai me dar uma dor de cabeça enorme passar? Talvez eu devesse escrever sobre a vida como um todo e o que eu ando fazendo. Mas o que eu ando fazendo? AAH, teve aquele momento legal na semana passada em que eu me dei conta sobre a origem do universo. Mas será que as pessoas vão querer ler sobre isso?? Talvez seja melhor falar sobre a situação atual do mundo. Mas isso é tão pesado! Eu não conseguiria escrever disso sem chorar e eu não quero que as pessoas acabem se sentindo piores sobre a situação inteira. Vou escrever algo animado! Mas a vida anda tão chata ultimamente... *e continua infinitamente*" Entenderam? É um pesadelo. E tem sido a minha vida em 2016. Pray for me.
G.
Agora vamos ao post. Primeiramente, FELIZ DIA NACIONAL DO ESCRITOR. Se você me tem em qualquer rede social ou é tão louco das datas quanto eu, provavelmente já tinha sido lembrado de que dia é hoje, mas não sendo, eu sempre estou aqui para lembrar das datas mais aleatórias e hoje é dia (NACIONAL - o mundial é dia 13 de outubro) da profissão que reúne as pessoas mais malucas, psicóticas e masoquistas que você encontraria no mundo. É incrível a quantidade de gente diferente e maravilhosa que você encontra que tem a escrita como maldição... digo, vocação... e me deixa tão feliz o fato de que eu tenho conseguido me cercar de tantas pessoas talentosas nesse sentido e suas criações maravilhosas que fazem do mundo um lugar menos pior para se viver. Para todas essas pessoas, um dia feliz e muitos personagens fáceis de lidar. E para todos os meus leitores maravilhosos que fazem de escrever algo muito melhor do que já é normal: Obrigada. Muito obrigada. E para comemorar esse dia maravilhoso, eu quero falar sobre o atual maior problema da minha vida: Não saber o que escrever. E mais importante: Não saber o que escrever para o blog.
"Eu estou fingindo que estou escrevend.o" |
A inspiração para projetos novos me abandonou e não tem intenção de voltar tão cedo. Tudo de trabalhos de tema livre da faculdade, a projetos que amigas pedem ajuda, passando por contos e especialmente ES-PE-CI-AL-MEN-TE posts do blog tem saído com todo sacrifício do mundo, porque eu simplesmente não sei o que escrever. Pode ser porque minha vida tem parecido uma infinidade de dias iguais que terminam antes que eu me dê conta do que está acontecendo, então escrever sobre o que está acontecendo na minha vida parece algo sem sentido e sem graça (É assim que a vida adulta parece, crianças, corram enquanto ainda há tempo). Toda semana eu me esbarro com o debate "o que escrever para o blog?", o que me conduz aos rascunhos, às anotações malucas que eu faço em literalmente todo lugar e à uma avaliação da minha vida no momento. Aí eu entro em crise e simplesmente não quero escrever sobre nada. E foi assim que alguns meses de 2016 acabaram com um post só.
Eu já fui perguntada algumas vezes sobre de onde eu tiro inspiração para escrever no blog e eu sempre respondo que escrevo sobre coisas que acontecem na minha vida. E agora eu me pergunto: POR QUEEEEEEEEEEEE? Por que isso aqui é um blog pessoal e não um blog completamente literário?? Por que eu não posto só ensaios?? Eu falei antes sobre como a vida anda maluca e eu prefiro me refugiar na ficção. É bastante difícil voltar e pensar nas coisas que aconteceram comigo e transformar elas em palavras. Eu acredito que todo tipo de escrita, ficção ou não, acaba transbordando as experiências do autor. Direta ou indiretamente a vida e as aventuras de um escritor acabam escorrendo para as suas palavras. Mas é tão - tão tão tããããããããão - mais fácil escrever através de metáforas ou criar cenas que eu não percebo que são indiretamente coisas que aconteceram comigo até tarde demais. Ok, deixa eu me explicar: Eu não escrevo exatamente coisas que aconteceram comigo, mas vamos dizer que alguém disse algo que me deixou chateada para caramba e eu nunca tive a chance de responder a altura. Depois alguém diz algo diferente para uma personagem minha, mas que deixa ela chateada e ela responde a altura, criando uma forma de lidar com a situação. Mas nem sempre é algo tão direto, às vezes, eu simplesmente escrevo uma cena violenta ou uma cena romântica e desconto todos os meus sentimentos malucos causados pela vida na história. Só que não é isso o que eu mais gosto, eu realmente gosto de ser tão dominada pela história que eu simplesmente esqueço do mundo aqui e meus sentimentos são guiados pelo que está acontecendo naquele universo que eu criei. E ultimamente, especialmente com As Crônicas de Kat, tem sido assim. Eu escrevo e esqueço quem sou, onde eu estou e qualquer coisa que tenha acontecido. E é simplesmente muito difícil sair dessa atmosfera mágica e onírica para focar na minha própria vida e escrever sobre a realidade que parece tudo, menos mágica. Eu estou fazendo algum sentido? Vamos fazer uma pausa e voltar para o verdadeiro tema do post. Bebam uma água.
Eu quando reeeealmente não quero escrever alguma coisa.. |
Você poderia perguntar porque todas essas anotações não me ajudam a escrever quando eu realmente não sei o que escrever. Mas ter muitas anotações te deixa sem saber sobre o que escrever outra vez, porque, bem, você não sabe o que escrever entre todas aquelas coisas. "Eu deveria escrever sobre a faculdade agora ou esperar aquele seminário que vai me dar uma dor de cabeça enorme passar? Talvez eu devesse escrever sobre a vida como um todo e o que eu ando fazendo. Mas o que eu ando fazendo? AAH, teve aquele momento legal na semana passada em que eu me dei conta sobre a origem do universo. Mas será que as pessoas vão querer ler sobre isso?? Talvez seja melhor falar sobre a situação atual do mundo. Mas isso é tão pesado! Eu não conseguiria escrever disso sem chorar e eu não quero que as pessoas acabem se sentindo piores sobre a situação inteira. Vou escrever algo animado! Mas a vida anda tão chata ultimamente... *e continua infinitamente*" Entenderam? É um pesadelo. E tem sido a minha vida em 2016. Pray for me.
G.
2 Comentários
oi g!
ResponderExcluirEU QUERIA COMENTAR TANTA COISA mas provavelmente vou cair em um mar de pensamentos aleatórios...
acho que eu consigo entender o que você diz. no blog, eu tenho também vários rascunhos de post, porém eu nunca quero falar sobre nada daquilo ou não sei como falar. com histórias novas, eu me encontro onde eu me sinto esgotada em todos os sentidos como se eu já tivesse falado sobre tudo inédito que eu consigo produzir nesse momento - o que me deu um pequeno pânico ontem mesmo pensando sobre.
eu estou tanto tempo mexendo nas mesmas histórias que aquilo me faz sentir confortável, mas quando se trata de algo novo para ser produzido eu não sei mais o que estou fazendo.
eu sempre achei meio incrível como você sempre tem um assunto para o blog e eu ficava gritando comigo COMO ELA CONSEGUE QUERO SER A GIULIA mas eu acho que todo mundo acaba na mesma situação né hahahaha
feliz dia do escritor (de novo)
beijos,
tatii
OOOi tatii,
ExcluirEu fico tão feliz desse post fazer sentido a ponto de você se identificar, ao menos. Ele é um emaranhado de sentimentos e pensamentos do qual eu perdi o controle. MAS É ISSO! Exatamente isso! O pânico sobre não conseguir produzir nada novo é tão real e próximo. A gente se perde com projetos novos quando os antigos já parecem fazer parte da gente. Quase consigo entender autores que não abandonam um universo de jeito nenhum.
E SIM. A situação é geral. E cada dia parece piorar hahaha
Feliz dia do escritor (de novo e mesmo já sendo dia 26, porque a gente merecia que todos os dias forem nossos)
Beeijo