Beeeem-vindos ao post que descreve e cobre cada detalhe do meu quarto período da faculdade de jornalismo ou como eu gosto de chamar: "Aquela vez em que eu andei pelo inferno e saí do outro lado derrotada." Ah, eu sabia que 2016.2 seria um inferno - já falava disso desde o fim de 2015.2. Mas parafraseando épicas palavras de Stefan Salvatore: "A pior parte do inferno é quando você pensa que é possível sair dele". Vocês devem imaginar que o relacionamento feliz e cheio de amor entre eu e o jornalismo, que estava acontecendo no terceiro semestre terminou em divórcio litigioso. Nós terminamos de forma violenta e dolorosa que abalou vários dos presentes. Quer dizer, o único motivo pelo qual eu consegui liberar três posts em tão pouco tempo depois de ter sumido por três meses é porque eu quero escrever absolutamente qualquer coisa que não seja um texto jornalístico. Mas eu estou colocando o carro na frente dos bois (wow, referência a The Vampire Diaries, metáfora e ditado popular no mesmo parágrafo. É bom estar de volta ao blog): Tudo começou dez meses atrás. Sim, DEZ meses atrás, no fim do terceiro semestre.
Eu era esse pequeno bolinho inocente de luz, feliz por ter terminado o primeiro semestre não-interrompido da faculdade. Tinha sido cansativo em alguns momentos, com as suas noites mal dormidas e seminários que deram muito errado, mas depois de dois semestres não tendo perdido nenhuma disciplina e conseguindo notas medíocres, eu estava bem feliz com a vida e sentindo que estava no caminho certo da faculdade. Pobre, inocente garotinha de 18 anos. Como eu disse no primeiro post do Diário de Bordo 6, o quarto semestre começou como se fosse fim de semestre. As duas primeiras semanas pareceram ter três anos de duração e me deixaram exausta como se eu tivesse corrido três maratonas por dia. Mas eu ainda estava feliz e me sentia no lugar certo, porque mesmo sendo cansativo, me sentia interessada pelas disciplinas e elas faziam sentido. Então veio a ocupação e a greve e nós passamos quatro meses sem aula. Quando elas voltaram, no começo de fevereiro, as coisas não eram mais como um dia haviam sido.
As aulas voltaram no dia 1º de fevereiro e de acordo com o calendário acadêmico que só seria votado na semana seguinte, mas já estava circulando, 2016.2 não acabaria até 8 de junho. Isso daria quatro longos meses (o tempo normal de um semestre acadêmico) pela frente para que os professores dispusessem suas atividades e o semestre seguisse normalmente como se fosse um semestre regular, certo? ERRADO. Como se as férias fossem na semana seguinte os professores entraram em modo de emergência e começaram a lançar uma infinidade de trabalhos, textos para ler, discussões, provas e toda outro monte de coisas. Quando você achava que tinha conseguido fazer tudo, um professor aparecia com um trabalho que ele precisava para dali a três dias. E com a quantidade de trabalhos, várias manhãs pareciam perdidas em aulas longas que não diziam nada que não havia sido dito anteriormente. Eu fui perdendo a vontade de estar ali e a lógica de apredizado.
Eu era esse pequeno bolinho inocente de luz, feliz por ter terminado o primeiro semestre não-interrompido da faculdade. Tinha sido cansativo em alguns momentos, com as suas noites mal dormidas e seminários que deram muito errado, mas depois de dois semestres não tendo perdido nenhuma disciplina e conseguindo notas medíocres, eu estava bem feliz com a vida e sentindo que estava no caminho certo da faculdade. Pobre, inocente garotinha de 18 anos. Como eu disse no primeiro post do Diário de Bordo 6, o quarto semestre começou como se fosse fim de semestre. As duas primeiras semanas pareceram ter três anos de duração e me deixaram exausta como se eu tivesse corrido três maratonas por dia. Mas eu ainda estava feliz e me sentia no lugar certo, porque mesmo sendo cansativo, me sentia interessada pelas disciplinas e elas faziam sentido. Então veio a ocupação e a greve e nós passamos quatro meses sem aula. Quando elas voltaram, no começo de fevereiro, as coisas não eram mais como um dia haviam sido.
"Eu não tenho o tempo para explicar jornalismo para você". Esse gif é uma das melhores coisas que eu fiz em 2017 |
Foi ficando pior e pior enquanto o semestre passava. Março veio comigo doente durante 90% do mês e com uma crise de depressão no fim dele para piorar tudo. Foi o mês com a maior parte dos trabalhos práticos - mais a primeira edição do jornal da turma e o nosso produto comunicacional de Produção em Comunicação - e eu só faltava ficar maluca enquanto fazia tudo. Também foi naquele mês que as coisas mudaram um pouco em sala de aula. Eu sempre falei sobre como eu estranhava quando as pessoas reclamavam das suas turmas na faculdade porque minha turma era super paz e amor e eu admirava muito as pessoas com quem eu estudava. De repente, a gente percebeu que não era bem assim. Não foi exatamente nada em particular que aconteceu, a gente só foi notando que não dava para contar com todo mundo ali. Que a maior parte da turma já está pensando em si mais do que em todo mundo, como uma equipe. A gente já estava no quarto semestre. Todo mundo já estava decidindo o que quer da vida e o que não quer da vida, o que resultou em desentendimentos e outros problemas. O que piorou muito o estresse todo do mês.
Abril chegou logo e veio para destruir qualquer amor pelo jornalismo que pudesse restar. Eu só queria que aquilo acabasse. Mas eu também fiquei perigosamente consciente da minha situação enquanto estudante de jornalismo já na metade do curso, sem nada no currículo ou muito o que fazer sobre isso. Depois de surtar por alguns dias e me convencer de que eu precisava fazer algo, eu me joguei nas três seleções de estágio que abriram no começo de abril. Por algum motivo maluco e insano do qual eu ainda não tenho conhecimento completo, eu passei para um deles e lembrando do que mamãe me dizia sobre oportunidades, aceitei. O estágio vai ter um post só para ele, naturalmente, mas o que eu posso dizer é que o bendito não ajudou em nada a me em relação ao meu ódio, muito pelo contrário. Se vocês querem um resumo, aqui vão minhas impressões de cada semestre até agora.
1º semestre: Wow, isso é mais difícil do que eu pensava. Não sei se vou conseguir lidar com isso tudo.
2º semestre: NOPE. EU NÃO VOU CONSEGUIR. SEM CHANCE DE EU SOBREVIVER. Eu gosto de jornalismo, mas eu não sirvo para fazer faculdade. Isso não funciona para mim. O que eu estou fazendo?
3º semestre: Ainda é complicado, mas agora eu entrei nos trilhos. É cansativo, mas se fosse outro curso seria pior. Ao menos estou em algo com o que me identifico e sei que estou no caminho certo.
4º semestre: EU JURO POR RUBY CARR, que assim que a faculdade acabar eu não quero mais trabalhar, pensar ou SONHAR com nada relacionado a jornalismo pelo resto da minha vida. Meu diploma vai servir apenas para que eu tenha direito a cela especial, meu pai vai me sustentar se eu não conseguir dinheiro o suficiente com a literatura e o único motivo pelo qual eu estou estagiando é para ter algo no currículo. Isso é doentio!!
Houve um ponto positivo desse semestre, porém, e ele se chama Comunicação e Legislação. Nunca, em nenhuma hipótese, sob nenhuma circunstância, eu achava que Legislação fosse ser minha disciplina preferida no quarto semestre, mas - SURPRESA - foi! Apesar de ter passado a maior parte do semestre sem poder faltar aula porque a viagem que eu fiz em fevereiro me deixou no limite, ir para as aulas não era um problema. Eram as melhores aulas, os melhores temas, as melhores discussões e as melhores atividades. O quinto semestre tem uma disciplina ligada a ela, que é Comunicação e Ética e, sinceramente, eu estou tão animada que estou considerando ler o livro da disciplina nas férias. Isso já diz muito.
Eu também me divertir produzindo alguns dos produtos das disciplinas práticas, mesmo que tenha sido cansativo. (A lista de links de todos os produtos postados online está nos últimos parágrafos). E realmente me fez entender algumas coisas sobre o que eu quero enquanto acadêmica de comunicação. Porque querendo ou não (e uma parte do tempo, eu não quero), eu estou nessa para ficar até conseguir meu diploma. Nem que seja apenas pela cela especial mesmo. Para vocês terem uma noção, eu quero definir o tema do meu TCC nas férias para que eu converse com a pessoa que eu quero de orientadora no começo do semestre que vem. Eu sei que estou no meio do curso, mas já que é um livro-reportagem, se bobear eu já estou atrasada. (O plano original era já ter começado as entrevistas a essa altura, para escrever tudo em novembro, mas minha amiga pontuou que a gente vai fazer quarto e quinto semestre neste ano e sexto e sétimo no ano que vem, então nem vale a pena ficar um ano e meio com o livro pronto).
Outra vantagem do semestre maldito, é que tudo que não é jornalismo me deixa satisfeita e flui de mim como um rio. Eu sei que fiquei longe do blog, mas isso foi por falta de tempo, não de vontade. Vocês não têm noção de quantos posts começados estão nos rascunhos no momento e de todos os posts que eu quero liberar nos próximos dois meses. Se tudo der certo, eles sairão como esses últimos três posts do Diário de Bordo e vocês vão ter que me aguentar constantemente. Eu também editei muita coisa, escrevi bastante e trabalhei em outros projetinhos dos quais eu ainda não posso falar, mas que vocês serão os primeiros a saber assim que eu puder. Enquanto eu ficava repetindo para mim mesma que eu só estava fazendo aquilo na faculdade para não ter que fazer depois que eu saísse, eu percebi que queria muito mais ser reconhecida como uma escritora do que como uma jornalista. E para ser reconhecida como uma escritora, eu preciso escrever. E vender a minha escrita. Então eu estou levando a mim mesma a sério, me jogando de cabeça em algumas coisas, priorizando a minha escrita em certas situações e me recusando a me arrepender do que pode possibilitar que eu seja quem eu quero ser um dia.
Eu também me divertir produzindo alguns dos produtos das disciplinas práticas, mesmo que tenha sido cansativo. (A lista de links de todos os produtos postados online está nos últimos parágrafos). E realmente me fez entender algumas coisas sobre o que eu quero enquanto acadêmica de comunicação. Porque querendo ou não (e uma parte do tempo, eu não quero), eu estou nessa para ficar até conseguir meu diploma. Nem que seja apenas pela cela especial mesmo. Para vocês terem uma noção, eu quero definir o tema do meu TCC nas férias para que eu converse com a pessoa que eu quero de orientadora no começo do semestre que vem. Eu sei que estou no meio do curso, mas já que é um livro-reportagem, se bobear eu já estou atrasada. (O plano original era já ter começado as entrevistas a essa altura, para escrever tudo em novembro, mas minha amiga pontuou que a gente vai fazer quarto e quinto semestre neste ano e sexto e sétimo no ano que vem, então nem vale a pena ficar um ano e meio com o livro pronto).
Outra vantagem do semestre maldito, é que tudo que não é jornalismo me deixa satisfeita e flui de mim como um rio. Eu sei que fiquei longe do blog, mas isso foi por falta de tempo, não de vontade. Vocês não têm noção de quantos posts começados estão nos rascunhos no momento e de todos os posts que eu quero liberar nos próximos dois meses. Se tudo der certo, eles sairão como esses últimos três posts do Diário de Bordo e vocês vão ter que me aguentar constantemente. Eu também editei muita coisa, escrevi bastante e trabalhei em outros projetinhos dos quais eu ainda não posso falar, mas que vocês serão os primeiros a saber assim que eu puder. Enquanto eu ficava repetindo para mim mesma que eu só estava fazendo aquilo na faculdade para não ter que fazer depois que eu saísse, eu percebi que queria muito mais ser reconhecida como uma escritora do que como uma jornalista. E para ser reconhecida como uma escritora, eu preciso escrever. E vender a minha escrita. Então eu estou levando a mim mesma a sério, me jogando de cabeça em algumas coisas, priorizando a minha escrita em certas situações e me recusando a me arrepender do que pode possibilitar que eu seja quem eu quero ser um dia.
"Anotar as coisas é coisa de nerd? O que você faz?" |
O principal projeto do semestre, porém, foi o Faixa Piloto - o podcast de quatro episódios sobre séries que eu e meu grupo fizemos. A gente se divertiu muito gravando e descobrimos que apesar de ter achado que não teríamos nada para falar, a gente fala demais. Nós tivemos uma página do Facebook, na qual rolou um sorteio de uma camiseta e uma caneca, e a conta do SoundCloud, onde os episódios foram postados (o episódio 1 não está disponível na página principal, mas é possível ouvir e baixar ele clicando aqui). Foi uma das melhores coisas que eu fiz na faculdade e eu amo muito todos os episódios. Eu queria MUITO ter voltado ao blog a tempo de permitir que vocês participassem disso tudo, porque eu sei que nem todo mundo acompanha a página do blog no Facebook, mas infelizmente foi complicado. Em próximos produtos do tipo eu juro tentar integrar vocês.
É isso. Agora 2016.2 acabou, apesar de isso ter sido considerado impossível por muito tempo. Pode vir quinto semestre. Sei que você não vai esperar eu estar pronta mesmo. E é o fim do Diário de Bordo 6 também. O primeiro diário de bordo a durar seis meses!! Sinceramente, não vou sentir falta. É hora de coisas novas!
Vejo vocês na terça com As Crônicas de Kat e assim que possível com post novo,
G.
ATUALIZAÇÃO: Agora já dá para ler o segundo jornal online. Vocês podem ler o jornal clicando aqui e o encarte - que tem um conto meu, Folhas - clicando aqui.
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