VOLTEEEI!! Não que eu ache que vocês tenham sentido falta de mim com tanto texto incrível de tanta gente maravilhosa nesse blog, mas eu precisava escrever algo este mês, por mais que me escorar no brilhantismo dos outros pareça tão divertido. Faltando uma semana para o fim do Mês Literário, faltam três posts: Duas participações especiais e o meu post sobre o 2º Write-In Conquista que acontece neste sábado, às 14h, na Nobel da Av. Otávio Santos em Vitória da Conquista. O número de pessoas esperado é 50 e eu quero que o evento seja como o último, com a mesma fluidez e comunicação e eu não faço a mínima ideia de como fazer isso acontecer. MAS EI, o importante é tentar. *repete isso até eu me convencer já que meu cérebro está 50% surtando porque eu tenho medo de que não dê metade dessas pessoas e 50% surtando porque eu tenho medo de ir mais gente ainda e eu enlouquecer*.
Falando no Write-In e no Mês Literário: FELIZ DIA NACIONAL DO ESCRITOR!! Se você escreve, seja como amador, como profissional ou alguma coisa no meio, por favor, se presenteie com algo hoje, nem que seja um doce de padaria. Você merece. Porque independente do que você escreva, onde você escreva e como você escreva, escrever é difícil pra cacete. E — eu não digo isso para desmotivar ninguém, mas para lembrar que tudo isso faz parte — escrever nunca fica mais fácil. Eu escrevo há mais da metade da minha vida (11 anos) e só fica cada vez mais difícil (beleza, isso foi desmotivador). Não se preocupe, todo mundo se sente assim. Eu tenho um professor que diz que "Escrever ou é fácil ou é impossível" e eu não vejo Choque de Cultura, mas essa é exatamente o tipo de situação profissional em que eu me vejo obrigada a agredir um idoso. Depois de ouvir ele dizer isso para uma outra professora no dia do lançamento do livro dela, eu me dei conta de que escrever só é fácil para ele porque ele não se importa tanto com o processo de escrever e com o resultado final quanto o resto de nós. Se a escrita é algo com o que você se importa, ao que você quer se dedicar, ou se o que você está escrevendo é importante para você, não é fácil, nunca vai ser fácil e quanto antes a gente aceitar isso melhor. (Mas se você sente que é fácil e que é a coisa mais fácil do mundo para você, não tem nada de errado também. Escrever às vezes é como respirar. Sai de uma vez e naturalmente. Mas ei, existem processos. Compartilhamento o que você escreveu, editar o que você escreveu, aprimorar a escrita. É um trabalho, mesmo que não seja no sentido comum de trabalho, exige energia de você. Logo, é difícil.).
Onde eu estou querendo chegar é que apesar de eu ter passado os últimos meses trabalhando como louca na minha escrita e construindo essa vida onde eu faço coisas que dois anos atrás eu considerava impossíveis, eu passo grande parte do meu tempo morrendo de medo. E a escrita é uma das coisas principais que me enchem de medo e me deixam com a sensação de que eu não sei o que eu estou fazendo. Que eu não pertenço a este lugar e que eu estou enganando todo mundo. É síndrome de impostor? É. Mas vai além disso. Porque eu ainda não consegui terminar um texto para o portal para o qual eu me comprometi a escrever dois meses atrás. Porque eu ainda não terminei o meu projeto com a Kira. Porque eu não tenho a coragem de dizer em voz alta todas as pautas incríveis que eu pensei nesses últimos meses e nas quais eu poderia estar trabalhando. Porque eu deveria estar editando um dos meus três livros com chance de publicação e eu nem consigo fazer isso sem sentir vontade de chorar. Porque eu meio que desisti de algo que eu realmente queria porque eu não queria enfrentar essa sensação de que nada que eu produzi até hoje foi bom o bastante. E todas essas coisas deixaram de ser feitas por medo. Porque eu não acho que meus textos são tão bons quanto os dos outros. Porque eu não acho que a minha formação é tão boa quanto a dos outros. Porque eu criei essas expectativas inalcançáveis de quem eu quero ser na minha cabeça e eu cheguei em um ponto de frustração em que eu não tento mais alcançá-las. Eu quero ser melhor e me dedicar mais a isso, mas eu tenho tanto medo de nunca ser melhor que eu fico paralisada.
Eu passo um tempo tentando me pressionar e mudar a forma como eu escrevia (muda a linguagem, o discurso), o que eu escrevia (ficção? não-ficção? poesia?), onde eu escrevia (este post foi metade escrito na minha mesa e metade escrito em uma cafeteria. Eu nunca tive o costume de trabalhar na minha mesa e escrever em público pode ser estressante, mas eu preciso tentar de tudo) e me ajuda como soluções temporárias, mas eu ainda não consegui trabalhar no que me faz não escrever. Eu tenho esse bloqueio sobre o bloqueio. São coisas que eu sei que eu preciso trabalhar comigo mesma e, na terapia na segunda, eu falei sobre como eu busco todas essas coisas para me convencer de que eu sou boa o suficiente, que eu estou tentando o suficiente, que eu estou lutando o suficiente. Eu aceito todo o trabalho que aparece na minha frente para dizer que eu estou fazendo algo. Para que eu possa dizer "Eu não consegui fazer isso, porque eu estou muito ocupada" e não "Eu não consegui fazer isso porque eu estou morrendo de medo".
Sei que normalmente termino posts assim com mensagens encorajadoras e frases fortes sobre como eu vou enfrentar este novo momento da minha vida, mas dessa vez eu vou ficar devendo. Eu não faço a mínima ideia do que fazer. Eu ainda não descobri como vencer o medo paralisante. O que eu sei é: Eu estou tentando o suficiente. E eu prometo que eu vou parar de pegar todos esses trabalhos para fazer quando eu nem mesmo sei o que fazer com os que eu já tenho. Parar de mentir para mim mesma talvez seja um bom passo a seguir. Mas eu sei que ter medo de fracassar não me faz um fracasso. E eu tenho evidências de que por mais que o medo me paralise, eu também enfrento ele quando estou forte o bastante. Minha mente funciona em etapas: Eu tenho um sentimento e eu preciso aceitar que é normal sentir esse sentimento antes de enfrentar o que esse sentimento significa. Então dane-se sua filosofia de que o medo cria perdedores. Ter medo é bom — quer dizer que você se importa.
Vejo vocês em breve,
G.
Galera de Vitória da Conquista, não esqueçam: Neste sábado!!! 14h!! Na Nobel da Av. Otávio Santos, no centro!! Vai ter café e brindes!!
Falando no Write-In e no Mês Literário: FELIZ DIA NACIONAL DO ESCRITOR!! Se você escreve, seja como amador, como profissional ou alguma coisa no meio, por favor, se presenteie com algo hoje, nem que seja um doce de padaria. Você merece. Porque independente do que você escreva, onde você escreva e como você escreva, escrever é difícil pra cacete. E — eu não digo isso para desmotivar ninguém, mas para lembrar que tudo isso faz parte — escrever nunca fica mais fácil. Eu escrevo há mais da metade da minha vida (11 anos) e só fica cada vez mais difícil (beleza, isso foi desmotivador). Não se preocupe, todo mundo se sente assim. Eu tenho um professor que diz que "Escrever ou é fácil ou é impossível" e eu não vejo Choque de Cultura, mas essa é exatamente o tipo de situação profissional em que eu me vejo obrigada a agredir um idoso. Depois de ouvir ele dizer isso para uma outra professora no dia do lançamento do livro dela, eu me dei conta de que escrever só é fácil para ele porque ele não se importa tanto com o processo de escrever e com o resultado final quanto o resto de nós. Se a escrita é algo com o que você se importa, ao que você quer se dedicar, ou se o que você está escrevendo é importante para você, não é fácil, nunca vai ser fácil e quanto antes a gente aceitar isso melhor. (Mas se você sente que é fácil e que é a coisa mais fácil do mundo para você, não tem nada de errado também. Escrever às vezes é como respirar. Sai de uma vez e naturalmente. Mas ei, existem processos. Compartilhamento o que você escreveu, editar o que você escreveu, aprimorar a escrita. É um trabalho, mesmo que não seja no sentido comum de trabalho, exige energia de você. Logo, é difícil.).
De onde vem esse gif da minha pessoa? |
Eu passo um tempo tentando me pressionar e mudar a forma como eu escrevia (muda a linguagem, o discurso), o que eu escrevia (ficção? não-ficção? poesia?), onde eu escrevia (este post foi metade escrito na minha mesa e metade escrito em uma cafeteria. Eu nunca tive o costume de trabalhar na minha mesa e escrever em público pode ser estressante, mas eu preciso tentar de tudo) e me ajuda como soluções temporárias, mas eu ainda não consegui trabalhar no que me faz não escrever. Eu tenho esse bloqueio sobre o bloqueio. São coisas que eu sei que eu preciso trabalhar comigo mesma e, na terapia na segunda, eu falei sobre como eu busco todas essas coisas para me convencer de que eu sou boa o suficiente, que eu estou tentando o suficiente, que eu estou lutando o suficiente. Eu aceito todo o trabalho que aparece na minha frente para dizer que eu estou fazendo algo. Para que eu possa dizer "Eu não consegui fazer isso, porque eu estou muito ocupada" e não "Eu não consegui fazer isso porque eu estou morrendo de medo".
Sei que normalmente termino posts assim com mensagens encorajadoras e frases fortes sobre como eu vou enfrentar este novo momento da minha vida, mas dessa vez eu vou ficar devendo. Eu não faço a mínima ideia do que fazer. Eu ainda não descobri como vencer o medo paralisante. O que eu sei é: Eu estou tentando o suficiente. E eu prometo que eu vou parar de pegar todos esses trabalhos para fazer quando eu nem mesmo sei o que fazer com os que eu já tenho. Parar de mentir para mim mesma talvez seja um bom passo a seguir. Mas eu sei que ter medo de fracassar não me faz um fracasso. E eu tenho evidências de que por mais que o medo me paralise, eu também enfrento ele quando estou forte o bastante. Minha mente funciona em etapas: Eu tenho um sentimento e eu preciso aceitar que é normal sentir esse sentimento antes de enfrentar o que esse sentimento significa. Então dane-se sua filosofia de que o medo cria perdedores. Ter medo é bom — quer dizer que você se importa.
Vejo vocês em breve,
G.
Galera de Vitória da Conquista, não esqueçam: Neste sábado!!! 14h!! Na Nobel da Av. Otávio Santos, no centro!! Vai ter café e brindes!!
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