Esse post teve mais nomes e mais primeiros parágrafos do que qualquer um dos outros quase 500 posts desse blog. Que caos! A vida tem estado... Sabe aquela parte de filmes em que eles vão tentar demonstrar caos e destruição com uma roda gigante que se solta da estrutura e sai rodando e destruindo o parque e a cidade inteira? Eu me sinto como se estivesse dentro daquela roda gigante. Só que sem morte instantânea, eu to viva pra ver tudo acontecer. Basicamente, é impossível prever o que eu quero escrever de um dia para o outro e todos os textos que eu começo acabam sendo deletados no dia seguinte porque meu humor mudou completamente. Por exemplo, se eu fosse escrever no domingo você receberia um texto cheio de derrota, mas depois de ter tido um dos melhores dias da minha vida ontem, é quase impossível escrever um texto assim agora. A questão aqui é: Eu estou vivendo alguns dos melhores dias da minha vida — mas alguns dias são ridículos de tão ruins.. Eu estou fazendo coisas que eu nunca acreditei que fossem possíveis e que são surpreendentes para a minha idade — mas tarefas simples parecem completamente impossíveis. E este ano tem sido sobre trabalhar em mim mesma e ser a melhor mim mesma possível, nos dias bons e ruins e, mesmo que eu esteja fazendo um trabalho relativamente bom, é difícil pra cacete.
Vocês já devem ter percebido que esse é o post da "É só uma fase", mais de um mês atrasado. Se você chegou aqui agora e não faz ideia do que eu estou falando, a "É só uma fase" é uma coluna daqui do blog onde eu falo sobre envelhecer. Alguns dias antes do meu aniversário eu escrevo um post falando sobre o que eu espero da idade onde vou completar e aí no meu meio aniversário, eu falo sobre como está sendo a idade. Meu meio aniversário foi dia 18 de agosto, mas tinha muita coisa acontecendo na época. Na verdade, aquele foi o dia em que eu peguei a versão de A Linha de Rumo para reler mais uma vez antes de enviar para a revisora. Depois disso, eu fiquei tentando encontrar tempo para sentar e escrever para o QaMdE, mas AS!! COISAS!! NÃO!! PARAM!! DE ACONTECER!!!
Não me entendam mal, eu amo a minha vida no momento e eu sou 100% responsável por ela, mas eu também estou exausta o tempo inteiro. Um resumo da minha vida até dezembro para vocês: Eu estou no meio do processo de lançamento de um livro independente e já esgotei todos os meus recursos para freelancers, então a partir de agora eu sou a única responsável pela divulgação e a promoção do livro até o fim do período do prêmio e depois dele. Graças a Deus eu tenho amigas ótimas que estão me ajudando muito, mas dá um trabalhão. Recentemente, eu também me tornei responsável pela fanpage oficial da Kira Kosarin no Instagram @kiraofficialupdates (user temporário), que honestamente mesmo sendo um trabalho é a melhor parte do meu dia (quando ela me pediu pra ajudar na página, eu coloquei na cabeça que não veria isso como um trabalho, mas como algo que eu já fazia mesmo e esse mindset tá funcionando maravilhosamente bem até agora). Desconsiderando todos os meus projetos não finalizados, essas duas coisas são o que tomam minha vida profissional fora da faculdade no momento. Aí vem a faculdade: Eu estou no sétimo semestre, então comecei o pré-projeto de TCC e preciso começar o meu TCC de verdade o quanto antes porque eu vou ter duas coisas para escrever (o livro-reportagem e o memorial descritivo do produto) e minha banca é daqui a 8 meses (mas quem tá contando?). Além disso, eu resolvi entrar numa monitoria este semestre porque eu queria o dinheiro extra para juntar para ~~a viagem~~ (e ironicamente, meu pagamento do mês passado ainda não caiu, porque tudo está sob controle na educação do Estado da Bahia). Além disso, eu tenho duas disciplinas práticas laboratoriais esse semestre, para as quais eu resolvi entrar no modo do Mínimo Esforço Possível e ainda assim acabei me lascando em várias ocasiões. Além disso, eu estou pegando duas optativas esse semestre que são super teóricas, nada a ver comigo e uma delas é em outro curso no turno da tarde, apenas para completar os créditos, sendo que semestre que vem (meu último) eu também terei que pegar mais duas. Além disso, eu faço parte da comissão de formatura (porque eu odeio paz e adoro controle, aparentemente). E FINALMENTE O ÚLTIMO ALÉM DISSO, no começo do semestre eu aceitei uma proposta de dar aulas de inglês particulares para uma das minhas calouras por motivos de: guardar o dinheiro para a viagem. Basicamente, minha vida está um caos, eu não sei mais quem eu sou, minha vida pessoal é inexistente e eu dou o meu melhor para ser uma pessoa compreensiva e eu entendo que pessoas diferentes têm rotinas diferentes e que tá ruim para todo mundo, mas hoje em dia quando alguém me diz que "não tem tempo" eu fico tipo:
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E ainda assim, eu repito que eu estou vivendo os melhores dias da minha vida. Eu não trocaria essa vida por nadinha (mentira, eu trocaria por um milhão de dólares, sem nem piscar). Eu tenho 20 anos e acredita em mim, eu já estou sentindo os efeitos da idade, mas eu nunca terei 20 anos de novo. Eu nunca vou ter tanta força de vontade para fazer o que eu quero fazer quanto agora. E nem é conversinha meritocrática não, tá? Vocês acham que essa vida me dá muito dinheiro?? E nem é aquela conversinha de gente rica de "não faça faculdade, viaje o mundo só com a roupa do corpo". Eu tenho cara de quê? A questão é que eu amo ser produtiva, eu amo fazer muitas coisas, eu amo saber que eu tenho cinco livros escritos e que um deles estará os kindles e nas mãos das pessoas no mês que vem. Eu amo essa vida, de verdade. Eu finalmente consegui sair daquele ciclo de cansaço e derrota onde o meu melhor nunca era o suficiente, e estou em um lugar melhor comigo mesma onde o meu trabalho e o que eu faço com os meus dias significa algo. E eu consigo planejar o meu futuro. Ter encontrado o que eu quero fazer com o jornalismo foi a melhor coisa que já aconteceu comigo e eu sei o que posso fazer quando terminar a faculdade e continuar trabalhando em algo que faça sentido e em que eu acredite (eu digo, SE me contratarem). Sabe qual é a pior parte da minha rotina no momento? Lidar comigo mesma.
Como dito anteriormente, minha vida pessoal no momento é pertinho do inexistente. Eu nunca paro de trabalhar ou de pensar em trabalho e o mais perto que eu chego de lidar real com os meus problemas é falando sobre eles na terapia (porque minha psicóloga finalmente conseguiu arrancar algumas coisas cabeludas de mim). Recentemente, eu tive um Drama com D maiúsculo na minha vida amorosa, mas falando sobre isso hoje eu percebi que eu superei legal. (Certeza de que vai voltar pra me morder porque SEMPRE VOLTA, mas por enquanto eu não sinto mais nada). Minha sobrinha vai fazer 1 mês e 1 semana amanhã (e ela é tão linda, gente) e eu ainda não pude ir a Salvador visitá-la. O casamento da minha prima no começo do mês e minha ida para São Paulo foi uma ótima distração para o trabalho porque eu fiquei uma semana longe e finalmente pude dormir melhor, mas minha família é tão complicada que eu voltei mentalmente exausta. Então, mesmo que eu ame minha vida, que eu não queira mudar nada e blá-blá-blá, eu não consigo não me sentir culpada. É como se a culpa fosse minha pelo dia não ter 72 horas ou algo do tipo.
"Eu sou a melhor" *repete até acreditar* |
Eu tive uma crise séria recentemente e o tema dela foi o pré-projeto do TCC. Basicamente, eu não entreguei ele a tempo. As razões para o meu bloqueio vem em camadas basicamente e não foi a primeira vez que aconteceu este ano. Se eu fosse falar de todos os projetos que eu não consegui entregar... O maior exponente é o Projeto com a Kira. A K me mandou as respostas da entrevista dela no dia ONZE DE FEVEREIRO DE DOIS MIL E DEZOITO e ainda não tem nem sinal do texto. É um tema que eu considero muito importante e que eu quero muito fazer e que eu quero fazer direito. Tem todas essas pessoas que eu já entrevistei e que eu quero entrevistar e eu quero representar elas da forma certa. A pauta é meio Teen Vogue e considerando que eu sou seguida no Twitter pelo fucking editor de conteúdo da Teen Vogue e eu vou precisar escrever o texto em português e em inglês, eu quero que o texto esteja bom. Então, eu coloco uma pressão do caramba em cima de mim e simplesmente não consigo. Não consigo entrevistar mais gente e não consigo fechar o texto. Mesmo quando eu me dou deadlines e separo um tempo para isso, não sai. Minha mente voa, minha cabeça dói, meu corpo simplesmente se recusa a fazer. Também aconteceu com o LesBOut! Todos os textos que eu escrevi para o LesBOut foi depois de muita autocrítica e autotortura. E o penúltimo eu ainda estraguei tudo porque na noite em que ia terminar, eu acabei tendo uma das maiores crises de pânico que eu tive nos últimos tempos e no dia seguinte eu levei uma eternidade para conseguir acabar. E eu nem consigo explicar que esses foram os motivos pelos quais eu não consegui porque eu me sinto tão absurdamente culpada. Sabe qual foi a primeira coisa que eu disse a mim mesma sobre o TCC esse semestre? "Se eu não tirar 10, eu vou me matar". Por que CARALHOS eu disse isso? Esse exagero besta colocou uma pressão tão grande em mim que eu simplesmente não consigo fazer mais nada. Uma série de coisas deram errado nesse semestre, grande parte delas coisas que eu achei que estivessem certas, e mesmo depois de conseguir "resolver", eu simplesmente fiquei bloqueada.
A pior parte é que falar sobre isso é tão difícil para mim. O que eu estou contando agora, eu não conversei com nenhum dos meus amigos. Existem vários fatores, mas principalmente me sentir um peso e saber que está todo mundo no mesmo barco. Falar aqui é diferente, porque é mais sobre falar comigo mesma. Mas não achem que não é difícil também. Eu só escrevi isso tudo porque hoje eu estou bem, até diria ótima. Minha professora de pré-projeto deu uma semana a mais para a entrega e as coisas deram tão certo que 90% das minhas aulas foram canceladas essa semana e eu vou conseguir terminar a tempo. Eu me sinto melhor e um dos motivos é porque desde sexta-feira quando eu cheguei na terapia mal e saí da terapia ainda pior, eu estou meditando. Meditar é difícil para cacete. E nem é porque eu tenho pensamentos demais (e eu tenho), mas porque pelos primeiros dias meu corpo tinha uma reação quando eu tentava me conectar a ele que fazia com que eu me sentisse sufocando. Só nos últimos dois dias eu consegui regular minha respiração e me conectar ao meu corpo e ao lugar onde estou. Os últimos dois dias foram dias ótimos em todos os sentidos, então não são parâmetro para os outros. (Alguém vai perguntar, então: Eu to fazendo meditação guiada com o app Headspace! Eles começam bem do básico e são sessões de só 3 minutos no começo, então é bem bom. Só que só está disponível em inglês).
Meu ponto com essa postagem inteira é o que eu já tinha dito antes: Eu sou muito melhor em ter 20 anos do que eu era em ser "adolescente". Mas eu também, se vocês me permitem o clichê, sou um trabalho em constante construção. Além disso, a terapia me fez perceber que eu sou muito mais tipo A do que tipo B! Eu só tenho problemas com foco e ansiedade! Quem poderia imaginar esse plot twist?
Antes de ir, É HORA DA AUTOPROMOÇÃO!!!!!! Vocês ouviram??? A LINHA DE RUMO É O LIVRO MAIS POPULAR EM PRÉ-VENDA NO 3º PRÊMIO KINDLE!!!!!!!!!!! É ISSO AÍ!!! Eu tinha visto que nós estávamos bem em cima, mas ontem quando eu fui conferir para poder jogar na cara (já que ontem fez seis meses que eu saí do estágio), eu descobri que NÓS SOMOS O LIVRO MAIS POPULAR!!!!!!! E HAVIA BOATOS DE QUE EU ESTAVA NA PIOR!!!!!!!!!!!
Cliquem na foto para comprar!! |
Não, mas é sério, continuem reservando. Se você tem Kindle ou usa o aplicativo do Kindle, ou está acostumado a ler livros no computador e quer usar o Kindle Cloud Reader, não deixe de reservar a pré-venda. A versão física vai entrar no ar em breve também. Eu só preciso mexer em algumas coisas do manuscrito, mas assim que eu terminar, eu vou disponibilizar e ela vai direto para pedido (e vai chegar na sua casa antes de novembro hein?). O e-book está apenas R$6,50 OU DURANTE ESTA SEMANA, A KINDLEWEEK você pode assinar o Kindle Unlimited por 3 meses a R$1,99 e ler o livro no dia 11 de outubro como se tivesse comprado, além de ter acesso a mais de um milhão de livros do acervo do KU (foi graças ao KU que eu conheci duas das minhas escritoras independentes preferidas então RECOMENDO DEMAIS). Sobre a edição física, ela vai sair US$8,44 o que dá mais ou menos R$35 no momento, mas pode subir ou baixar dependendo da cotação do dólar (então votem consciente no dia 7 de outubro, pensando em estabilidade política, para ver se o dólar baixa). A versão física tem que ser vendida em dólares e esse foi o menor valor que o site me permitiu porque o livro é muito grade (355 páginas, mais precisamente).
Se você já reservou ou pretende comprar A Linha de Rumo, não esqueça de adicionar o livro à sua estante do Skoob e/ou do Goodreads.
Acho que é isso. Volto assim que possível. Peço que orem pelo meu TCC,
G.
P.S.: Comentário aleatório, mas assinar G me lembrou que a Kira agora só me chama de G e quando ela pronuncia, soa mais como "Giu" do que como "Dhí" e sinceramente é a coisa mais linda do mundo e eu morro toda vez que ouço. EU AMO UMA MULHER.
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