Olá e bem-vindos ao segundo episódio de: 2018 durou 10 anos e eu posso provar. Hoje nós temos dramas, tretas, lágrimas, machucados, shows do Harry Styles e Copa do Mundo 2018. FELIZ VÉSPERA DE NATAL!!! Isso é, se você está lendo isso na mesma noite em que ele saiu. Nesse caso, espero que sua noite esteja boa, se não estiver, que esse post te traga algum tipo de alento. Ele é pesado, mas serve de distração. Eu levei 10+ dias para escrever isso aqui porque muita coisa aconteceu nesses meses e porque as coisas foram pesadas. Parece até que eu tava procrastinando, mas nope, eu trabalhei no post esses dias todos mesmo. Vocês precisam entender que é muito difícil escrever uma retrospectiva em quatro partes. Especialmente porque escrever retrospectiva te faz mexer em coisas que você não pensava a um tempão. Por exemplo, eu tinha esquecido completamente porque eu peguei um ranço-não-merecido da Millie Bobby Brown até escrever sobre o KCA. Eu também tinha esquecido que na verdade o que fez minha chefe ir até a reunião que eu marquei com ela foi o fato de que eu contei para ela, por SMS, que eu estava me demitindo. E mais importante de tudo, eu esqueci completamente que foi em março que eu comecei a publicar As Crônicas de Kat no Wattpad. Já este post aqui mexeu com várias camadas de sentimentos que eu estava guardando e que não tinha parado para pensar. Só porque 2018 foi o melhor ano de todos não quer dizer que ele foi fácil né.
Antes de ir o post, eu só preciso dizer que como deu para notar, os posts não seguirão a lógica de um post por sexta-feira. Minhas Férias™ que aconteceriam do dia 28 de dezembro ao dia 11 de janeiro, foram destroçadas pelo simples fato de que o primeiro capítulo do meu memorial do TCC agora tem entrega marcada para o dia 7 de janeiro. Eu precisei mudar de orientador por questões que serão discutidas apenas quando o TCC estiver pronto e é justamente por isso que minha vida toda está atrasada mais de uma semana. Foram dias difíceis e ansiogênicos, mas eu estou muito feliz com como as coisas estão se encaixando. Estar feliz não significa estar bem sempre. E eu nem me importo em perder minhas férias, porque o TCC é uma vez só e eu quero que ele seja o melhor que pode ser.
De qualquer forma, eu estou aqui agora, o vlog que eu ia gravar essa semana foi adiado para o começo de janeiro (o que quer dizer que o próximo vlog é o vlog de Natal, que se Deus quiser, sai dia 26 e que eu prometo que será muito bom para compensar essas semanas sem vlog). Por enquanto, fiquem com a segunda parte de 2018:
Antes de ir o post, eu só preciso dizer que como deu para notar, os posts não seguirão a lógica de um post por sexta-feira. Minhas Férias™ que aconteceriam do dia 28 de dezembro ao dia 11 de janeiro, foram destroçadas pelo simples fato de que o primeiro capítulo do meu memorial do TCC agora tem entrega marcada para o dia 7 de janeiro. Eu precisei mudar de orientador por questões que serão discutidas apenas quando o TCC estiver pronto e é justamente por isso que minha vida toda está atrasada mais de uma semana. Foram dias difíceis e ansiogênicos, mas eu estou muito feliz com como as coisas estão se encaixando. Estar feliz não significa estar bem sempre. E eu nem me importo em perder minhas férias, porque o TCC é uma vez só e eu quero que ele seja o melhor que pode ser.
De qualquer forma, eu estou aqui agora, o vlog que eu ia gravar essa semana foi adiado para o começo de janeiro (o que quer dizer que o próximo vlog é o vlog de Natal, que se Deus quiser, sai dia 26 e que eu prometo que será muito bom para compensar essas semanas sem vlog). Por enquanto, fiquem com a segunda parte de 2018:
Abril
Abril nunca é um mês fácil para mim desde 2014, mas ele teve seus pontos altos, incluindo a Páscoa. Apesar de eu ter feito meu ovo de páscoa no dia 31 de março, eu só abri ele no dia 1º de abril, então eu trouxe isso para abril. Fazer um ovo de páscoa para mim mesma foi uma das melhores ideias que eu tive este ano porque eu pude fazer o chocolate exatamente como eu gosto e rechear o ovo de Fini e outros doces malucos para puder me entupir de doce pela semana seguinte. O resultado ficou muito bom e eu pretendo 100% fazer de novo no ano que vem.
Mas mesmo que isso tenha ajudado e tenha sido uma coisa muito boa em 2018, eu não entrei no mês de abril em um lugar mental muito bom. Como vocês sabem, eu tinha acabado de sair do estágio e é claro que eu não fiz isso sem planos alternativos. Na semana anterior à minha saída do estágio eu enviei vários pitches para lugares onde eu queria escrever. Eu entrei no mês de abril querendo muito trabalhar e ter uma nova rotina definindo meu tempo e o que eu faria para começar a produzir da forma como eu queria. Entrei em projetos sem remuneração, mas me lembrava de só fazer isso em projetos nos quais eu realmente acreditava, para não sair oferecendo minha mão de obra de graça a qualquer um. E aí eu fui aceita para escrever dois textos. E então veio o bloqueio.
Aquelas primeiras semanas foram bem complicadas, a ansiedade não me deixava fazer nada. Eu podia reservar um dia inteiro para escrever e então minha cabeça ficava tão pesada que eu simplesmente não conseguia. Eu me distraía fácil e não conseguia me fazer escrever uma palavra que fosse. A coisa toda explodiu logo no começo do mês, quando eu caí no choro diante de uma página vazia porque simplesmente não conseguia e meu desabafo no Twitter trouxe um dos melhores conselhos que eu já recebi.
I feel this way about writing music sometimes, even though it’s my favorite thing in the world. Breathe. Remember the joy it brings you, even if not right this moment. Give yourself a break. Come back when you’re emotional recharged and inspired ❤️— KIRA (@kirakosarin) April 3, 2018
Eu me sinto assim sobre escrever músicas às vezes, mesmo que seja a minha coisa favorita no mundo. Respire. Lembre-se da alegria que isso lhe traz, mesmo que não esteja trazendo neste momento. Dê um tempo a si mesma. Volte quando você estiver emocionalmente recarregada e inspirada ❤️
Como eu estava fazendo terapia firmemente e tive consulta com a minha psiquiatra naquele começo de mês, eu levei o caso para as duas. A primeira ainda não conseguia entender o que exatamente se passava na minha mente que me causava essas reações e, na verdade, levaria muito tempo para que a gente descobrisse. Na verdade, naquele mesmo mês ela deixou meio subentendido que eu só falava sobre a faculdade e o trabalho e que a gente precisava fuçar um pouco mais da minha vida pessoal, o que me levou a meses de crises sobre não ter vida pessoal. Foi ótimo. De qualquer forma, a minha psiquiatra, prática como sempre, me deixou algumas tarefas e compromissos para melhorar minha ansiedade, incluindo voltar a fazer exercícios físicos. Aquela foi a nossa última consulta antes que minha psiquiatra saísse de licença maternidade, já que ela teve bebê em maio, e eu só terei consulta com ela de novo em fevereiro, então ela não sabe tudo que aconteceu depois disso. Eu acabei precisando parar de fazer exercícios em um caso que será detalhado em junho, mas naquelas primeiras semanas, eu me agarrei a fazer exercícios como o único compromisso que valia para mim.
Eram 30 minutos por dia apenas, na esteira da academia do condomínio, andando, porque meu joelho não tem capacidade de correr sem me matar. Mas eram meus 30 minutos e eram a coisa que fazia como eu me sentisse produtiva, mesmo quando eu não era lá muito produtiva. Fizesse chuva ou fizesse sol, lá estava eu, na santa academia. Sozinha ou acompanhada, berrando músicas ou quietinha no meu canto, você me encontraria, 18h ou um pouco mais tarde, na bendita academia. Eu continuava tentando organizar minha vida para voltar a trabalhar, mas mesmo que o blog estivesse nas coisas possíveis de escrever e eu conseguisse produzir para cá, além de conseguir fazer tudo da faculdade, os textos que eu tinha sido selecionada para escrever não saíam. Eu me atolava com outras coisas para fazer e caminhava todo santo dia, ao ponto de ter levado uma queda a caminho da academia um dia e ter ido malhar com o joelho sangrando só de raiva. Eu não sabia o que fazer e as chegadas das deadlines me sufocavam.... E foi nesse clima emocional que o caso do thristy bitches explodiu.
wow I have never gotten over a man crush so fast, new personal record— Giulia SANTAna (@giuliasntana) April 19, 2018
Uau, eu nunca superei um crush masculino tão rápido, novo recorde pessoal
Se você me segue em qualquer lugar, provavelmente me viu falando disso. Quer dizer, semana passada mesmo eu postei coisas xingando o Jack porque absolutamente toda vez que eu vir ele, eu vou lembrar as pessoas do que ele fez, pelo menos até ele se desculpar publicamente. Sempre que eu menciono o fato, eu tenho alguém perguntando o que exatamente aconteceu e se eu sei mais do que o publico sabe. E sim, eu sei, mas são coisas que eu não posso contar porque não foram informações adquiridas de maneiras lícitas. Eu sei que essa coisa toda não foi aleatória. O Jack sempre foi um babaca, como ficaria claro nos meses seguintes por vários depoimentos dos colegas de trabalho dele, mas o "ataque" por assim dizer, não foi aleatório. Mas as coisas que levaram a isso são circunstanciais e a questão é que as pessoas confiam demais em mim sobre esse assunto para eu simplesmente abrir a boca e sair dizendo mais do que eu deveria. Eu não vou invadir a privacidade justamente das pessoas com quem eu mais me importo em proteger. Mas eis as coisas que eu posso falar sobre o que aconteceu:
Quando o KCA aconteceu em março, eu já sabia que as coisas não estavam muito normais. Eles já estavam agindo muito mais como colegas de trabalho do que amigos e mesmo que eu tivesse ficado super feliz quando teve foto J*ra no tapete laranja, eu sabia que não era da mesma forma que o KCA de 2017. Eu já sabia de coisas que eu não podia falar aquela altura, o que vocês saberiam se tivesse notado que eu tinha parado de seguir a Paris, namorada do Jack, na época. Eu fiquei muito surpresa no começo de abril quando o Jack e a Kira fizeram um monte de coisas juntos na Europa, mas eu fiquei extremamente aliviada quando a Kira foi sozinha para Londres, porque a Nickelodeon UK é a única Nickelodeon que eu respeito. Eles voltaram para os EUA, se dividiram e não se viram mais. Tava todo mundo seguindo com a própria vida, sabe? E eu estava superapoiando Alexa & Katie e o Jack e as coisas seguiriam normalmente. Eu sabia que algo estava errado, mas ao menos que alguém me contasse alguma coisa ou me envolvesse, não era da minha conta. E aí as coisas ficaram muito da minha conta.
Nunca existiu nenhuma dúvida sobre o lado de quem eu ficaria caso algo assim acontecesse. Não interessa o quanto eu gostasse do Jack, não existe situação neste universo ou em nenhum outro em que eu não ficasse do lado da Kira. Isso é, sim, mesmo que ela estivesse errada. Por meses eu tenho visto todo tipo de pior coisa do mundo ser dito sobre ela só porque ela está tentando viver a vida dela fora da Nickelodeon e muitas vezes essas coisas são até enviadas para mim. Existiram momentos este ano em que eu esperei que ela me decepcionasse, e não aconteceu. Eu to pronta pra passar pano pra ela quando eu quiser, mas isso ainda não foi necessário. E quando algo acontece que poderia causar uma leve discordância, eu posso só ser sincera com ela. Basicamente, eu não vejo motivo nenhum para não ficar completamente do lado dela, sabendo ou não do que aconteceu. E aí você adiciona a Angeline na equação. Angeline Appel é meu relacionamento com ídolo mais complicado. Pode não parecer, mas eu discordo dela em muitos momentos. Ela pode ser Demais às vezes e ela definitivamente atinge meus humores com a escrita dela. Mas depois deste ano... Eu virei muito ride or die com ela. Eu não posso fazer nada, okay? Ninguém conhece Angeline Appel e não vende a alma depois de dois meses. E sinceramente, eu já amava a Angie desde que eu conheci ela (ok, isso é tecnicamente uma não-verdade, mas aí a gente volta no tema de coisas sobre as quais eu não posso falar. Eu sei de muita merda okay? É dificil), e desde de novembro de 2017 eu fui oficialmente autorizada shippar as duas como Golden Ship, que eu já shippava desde o aniversário da Angie em agosto. Amar essas duas com todo meu coração é a forma como eu sou mais conhecida na internet. A Angeline se refere a mim para a Kira como "our girl", a Kira em uma ligação em vídeo foi imediatamente chamar a Angie para me mostrar ela, porque ela sabia que me deixaria feliz em dobro. QUER DIZER, OLHA ESSE VÍDEO:
Meu ponto com isso tudo é dizer que NÃO EXISTE A MÍNIMA CHANCE DE QUE EU CONTINUE APOIANDO ALGUÉM QUE DESRESPEITA ESSAS DUAS (o que explica para as pessoas porque eu não gosto do Noah Centineo, como se eu precisasse de outro motivo além dele ser ex da Angie). Umas duas horas antes do problema acontecer a Kira postou um vídeo com a Angie na academia e eu comentei "Mine. Both mine and I would protect you both with my whole life." (Minhas. As duas minhas e eu protegeria ambas com a minha vida toda), então quando eu abri o Twitter e vi aquele "thristy bitches", qualquer confiança que eu pudesse ter nesse homem foi pelo espaço. E aí, quando a Kira respondeu que ele cuidasse da própria vida, a reação dele foi postar foto do estúdio da seriezinha mixuruca que ele faz na Netflix para a qual ele só foi contratado porque a namorada dele é a atriz principal?? E é claro que quando eu fui defender as meninas dizendo que nunca tinha superado um crush homem tão rápido, ele respondeu com dois emojis do sinal da paz. Esse tweet de vez em quando é curtido e isso me irrita tanto. Porque os tweets ainda estão lá. Faz 8 meses, muita coisa aconteceu, e os tweets ainda estão lá. Se você olhar os comentários das fotos dele, ele tem várias mães dizendo que ele é o príncipe encantado da filha delas e adolescentes que o descobriram em Alexa and Katie que são completamente apaixonado por elas. Enquanto isso, nos comentários da Kira, ela é a vadia que destrói a infância das crianças por postar uma foto com uma letra da Janelle Monàe de legenda. Quando ela deixou de seguir o Jack (em abril mesmo) e ele não fez isso até o começo desse mês, ela recebia milhões de comentários semanalmente a xingando por destruir a amizade linda que eles tinham. E durante todo esse tempo, os tweets dele a chamando de vadia por postar uma foto de biquíni na beira da piscina, ainda estão lá. Porque ele sabe que ter feito isso ou fazer piadas sobre o peso das colegas no estúdio não o afetam. Ele é um homem branco, hétero, que faz um mocinho fofo na Netflix. Ele é intocável.
Eu sei que isso foi muito sobre uma coisa extremamente simples, e eu já vou voltar a falar sobre a minha vida, mas eu queria fechar isso só falando: Essas são as coisas sobre as quais eu posso falar. Coisas que se alguém disser "Me dê provas", eu posso mostrar toda prova possível, sem abalar ninguém. São coisas que todo o fandom saberia se prestasse atenção. Se eu entrasse nas coisas que eu não digo para preservar privacidades, as coisas sairiam de controle rapidinho. Então, parem de apoiar esse cara. É só isso que eu peço na vida.
Fotinha da famigerada festa de aniversário |
Se você acha que as coisas malucas de abril já acabaram, você enlouqueceu. A gente ainda tem muita coisa para cobrir, colega. Levanta, vai tomar uma água e volta aqui. Voltou? Vambora então. Um dia depois desse incidente, foi a festa surpresa da minha amiga. Eu ainda estava prestes a enloquecer com a deadline que iria vencer no domingo depois disso (era sexta, 20 de abril), mas eu não ia deixar de ir para a festa da minha amiga por causa de algo que foi totalmente culpa minha. Eu levo aniversários a sério demais para isso. Foi a melhor coisa que eu poderia fazer por mim naquele momento. A festa começou comigo comprando vinho barato no supermercado e o orçamento tava tão apertado que precisou ser vinho seco porque o suave só ia dar para comprar um, enquanto o seco dava para dois. Eu cheguei poderosíssima na festa cujo tema foi Mamma Mia, ou melhor, foi Dancing Queen e por isso a gente estava no clima baladinha com direito a pulseira brilhante. E eu com os vinhos que em alguns minutos de festa precisavam ser abertos. O problema: Minha amiga dona da casa não tinha saca-rolhas e minha amiga especialista em vinhos (não literalmente especialista, questão de experiência de vida) não estava presente, então fomos nós, os não especialistas tentar abrir a garrafa de vinho. Com isso eu quero dizer, que minha amiga dona da casa foi tentar abrir a garrafa de vinho. Com uma faca. 20 minutos depois nós estávamos os cinco enfiados em um Uber, com uma das pessoas sangrando e todo mundo berrando, ao garantir minha pior avaliação de Uber de todos os tempos.
Minha amiga foi levada as pressas ao pronto socorro para limpar o ferimento que fez na mão e tomar os pontos e enquanto meu amigo acompanhou ela, eu e minhas outras duas amigas, incluindo a aniversariante ficamos na sala de espera esperando por notícias ao modo A Linha de Rumo. Eu, ansiosa e rindo demais do fato de que a minha noite tinha virado uma comédia romântica sobre a faculdade, mas nem tão engraçada assim, só queria estar na festa bebendo e fazendo algo para me distrair. Foi então que eu resolvi que precisava fazer algo insano.... E aí eu baixei o Tinder. Olha, o motivo pelo qual eu não tinha baixado o Tinder até aquele momento, é bem simples: Eu moro em um buraco, onde todo mundo conhece todo mundo. E se minha avó descobriu da vez que eu bebi vinho e assisti Miss Simpatia na casa da minha amiga, minha avó também descobriria que eu tava no Tinder. Ela provavelmente também descobriria que eu estava no Tinder com o set para homens e mulheres. Mas eu estava ansiosa, confusa e decepcionada. Eu precisava fazer alguma coisa burra.
Essa história toda de Tinder rendeu quatro matches, duas conversas e eu eventualmente deletando minha conta e ignorando todo mundo. Depois eu criei outra conta, com o telefone novo e depois eu deletei ela de novo. Eventualmente o Tinder me faria descobrir que eu não sirvo para o Tinder e que eu sou arromântica demais para o Tinder (a gente pode falar sobre o meu arromanticidade em um post independente, okay? Agora não). Mas ainda assim eu tive alguns momentos que eu quis baixar o Tinder de novo nos últimos meses, porque o Tinder é divertido!!! Eu nunca vou achar um relacionamento no Tinder, mas é muito divertido julgar pessoas pela aparência, passando de um lado para o outro. Até hoje uma amiga minha insiste que vai conseguir resolver minha vida se eu der meu celular com o Tinder pra ela, mas eu to bem, de verdade. De qualquer forma, nós voltamos para casa cedo e o próprio médico disse para minha amiga para beber o vinho só de raiva, então a gente deu um jeito de abrir as garrafas de vinho e se encheu de vinho, fazendo barulho até a portaria do condomínio reclamar pela primeira vez. Foi a primeira vez que eu entrei em um Uber bêbada e foi bem louco tentar fingir que tava sóbria pra não correr perigo, mas o motorista era 10/10.
NÃO GRITEM COMIGO ANTES DE LER O PRÓXIMO PARÁGRAFO |
No dia seguinte (por favor notem que a briga com o Jack, o aniversário da minha amiga e o próximo parágrafo aconteceram em um espaço de três dias), era dia da abertura da loja da Havan em Vitória da Conquista. EU SEI, EU SEEEEEEEEEEEEEEEEI. Mas na época em que a Havan abriu aqui em Conquista, não era eticamente ambíguo comprar coisas na Havan. Eu digo ambíguo porque quando a Havan veio para Conquista, mais de 200 pessoas foram empregadas. Então, sim, o Luciano Huang é um lixo completo, um escroto explorador do caralho, mas se as lojas dele fechassem milhares de pessoas perderiam os empregos e ele sabe disso. Então eu não compro mais na Havan depois da campanha eleitoral, mas eu não julgo quem compra e muito menos quem trabalha lá. De qualquer forma, eu fui para a abertura porque ela foi a primeira das duas aberturas mais esperadas e mais decepcionantes da história da cidade, que eu aliás ia resenhar aqui no blog e acabei não resenhando, o que se tornou uma benção, porque os dois se provaram uma bosta.
Na abertura da Havan, a única coisa que me deixou felizmente satisfeita foi o tamanho dos provadores, o que rendeu uma das fotos mais legais do meu Instagram, que me deixou muito feliz sobre mim mesma (como vocês podem ver abaixo). Porém, os provadores tem uma abertura tão enorme na parte de cima que parece que as câmeras de segurança conseguem ver tudo lá dentro (o que eu não duvidaria). Os preços dos materiais de casa (eletrônicos ou vasilhas) não são tão baratos assim e as roupas e cosméticos deixam a desejar na qualidade. No fim, eu acabei comprando várias coisinhas de casa que eu poderia encontrar no centro da cidade pelo mesmo preço. Por isso que não querer mais comprar na Havan não é uma perda grande. O meu maior problema é que eu amo lojas de departamento pela simplicidade de encontrar várias coisas de uma vez só. E eu preciso admitir que às vezes eles têm umas promoções como o edredom casal de R$29,90 que parou a cidade no dia da abertura e vendeu 1 milhão de unidades em 24 horas
Antes de ir para a abertura do Boulevard e a última coisa de abril, finalmente, eu preciso falar só de uma coisa a mais que aconteceu nesse final de semana. Para quem não lembra, o domingo depois de todas essas coisas, dia 22 de abril, era o último dia das minhas deadlines dos dois textos que eu ia escrever. Naquele domingo, eu acordei e conseguir escrever os dois textos, quase concomitantemente e enviar, sem problema algum. E eu amei os dois textos. Uma pessoa acharia que isso significava que eu tinha enfrentado a mim mesma e que agora conseguiria superar minhas ansiedades e paranoias. Uma pessoa estaria errada. A escrita desses textos foi movida pelos fatores: serotonina, álcool e insanidade. De fato, os medos e ansiedades voltariam para me morder em vários momentos, inclusive pouquíssimo tempo depois. Mas o que aconteceu naquele dia foi que eu consegui escrever os textos: Um que eu nunca tive retorno algum, nem para dizer que tinham perdido o interesse na minha ideia e o outro que foi o "What it means to love my body", meu primeiro texto em inglês editado profissionalmente, publicado no mês seguinte no Brown Girl Confessions.
No dia 26 de abril de 2018, depois de adiar a abertura (prevista originalmente para 2014, 2016 e em seguida 27 de março de 2018) uma última vez, foi abertura do shopping Boulevard, o segundo shopping da minha cidadezinha interiorana de Vitória da Conquista. Agora, tem algumas coisas que você precisa entender quando eu falo sobre esse shopping: Primeiro, a minha faculdade fica a mais ou menos dois quilômetros do shopping (o Google diz 4,5km, mas nada a ver) e todo mundo passa de ônibus na frente dele a caminho de lá. Como o shopping estava em construção há anos e a segunda promessa era que a abertura fosse em 2016, durante todo ano de 2015 nós ficávamos falando sobre como a gente ia passar um tempão no shopping depois das aulas. Isso não aconteceu, obviamente, já que mesmo que a construção tenha andado bem rápido depois que eu entrei na faculdade, seis meses depois a construção estancou, junto com a venda de lojas e o prazo não existia mais. Segundo, todo mundo que eu conheço estava doido para a chegada de lojas novas na cidade e especialmente o cinema. Como eu disse no último post, o Moviecom, que era o único cinema daqui resolveu fazer coisas como não lançar Coco e não ter pré-estreia de Pantera Negra. Na real, a gente assistiu o filme dublado na estreia porque eles só colocaram sessão legendada depois que viram que o filme vendeu. Ninguém aguentava mais as maluquices que o cinema andava fazendo e todo mundo torcia para que o cinema novo mudasse isso. (Apesar de que o Cinesystem, que viria originalmente, acabou desistindo de vir quando viu que o shopping ia sair em Agosto - a gosto de Deus - e foi substituído pelo Centerplex aka Não-Tem-A-Programação-No-Site-Cinemas). Terceiro, apesar do que muita gente que mora aqui pensa, especialmente por como a cidade é pintada e pelo fato de que nós estamos cercados de cidades bem menores que precisam usar daqui como polo comercial, educacional e médico, Vitória da Conquista é uma cidade pequena. Não adianta discutir. A terceira maior cidade da Bahia e só tem UM fucking psiquiatra que atende Planserv?? UM PSIQUIATRA???????? Capital do sudoeste baiano, significa só que aqui é extremamente caro viver e muito difícil de chegar aos lugares, mas não por causa da grande quantidade de pessoas ou a distância entre os bairros, só porque a mobilidade urbana é um lixo. Dessa forma, a chegada de um shopping novo foi grandemente esperada pela população porque traria melhoras, serviços e avanços e seria um novo ponto de entretenimento em uma cidade que carece bastante de lugares serviços para entretenimentos. Então a chegada do Boulevard foi ótima, certo? Absolutamente não.
Vamos começar pela abertura. Já gritaram comigo que "todo shopping é assim" e que "as pessoas foram avisadas" e blá blá blá, várias vezes depois que eu falei disso, mas se a abertura do shopping deixou um sentimento, as coisas que aconteceram depois só confirmaram esse sentimento. O shopping abriu ao meio dia. Exceto que, na verdade, ele abriu às 10h para um grupo de pessoas selecionadas a dedo. Eu tinha prometido que estaria lá quando as portas abrissem, então eu fui com minha amiga que tinha passe de imprensa do trabalho e quando ela entrou, eu fiquei na entrada esperando. Eu sabia que a imprensa estava lá, que empresários estavam lá e que blogueirinhos estavam lá. Teve live no Instagram oficial do shopping, que até me seguiu naquela manhã e eu sabia que estava tendo cerimônias e tals. O que eu - que até estava bem informada em comparação às pessoas que estavam ao meu redor - não sabia, era que as lojas já estariam abertas, possibilitando que essas pessoas escolhidas a dedo fizessem compras primeiro. Então, às 11h30 mais ou menos, quando tinha cerca de 20 minutos que eu estava esperando, começaram a sair pessoas todas trabalhadas nas marcas de grife, cheias de sacola da Melissa, da Quem disse Berenice e da Imaginarium (outras lojas também, mas essas três eram novidade) e passam por nós em direção aos seus carros. Àquela altura tinha dezenas de pessoas comigo, esperando o horário de abertura. Alguns alunos das universidades próximas (o Boulevard está do lado da cidade em que todas as universidades estão. As universidades que não ficam na mesma avenida, ficam a 10 minutos de carro), alguns das escolas, moradores das proximidades, alguns bem classe média, outros mais humildes, o pessoal que mora no Bem-Querer, que é quase zona rural, mas pertinho do shopping também... Dezenas de pessoas, esperando o horário da abertura para conhecer o shopping novo. E enquanto a gente esperava a meia hora final, dezenas de pessoas começaram a sair do shopping com sacolas nas mãos. Eu fiquei surpresa em saber que as pessoas tinham acesso às lojas e quem sabia menos que eu não entendia porque algumas pessoas podiam entrar e porque outras não. Exceto por um fato bem óbvio: Eles eram os Escolhidos para conhecer o shopping e desfrutar dele e influenciar a mente dos Não-Escolhidos, ou seja, a gente. Mas de novo, isso é perfeitamente normal. O que não foi normal foi a cara de desespero que a moça que estava conferindo a lista dos Selected fez quando deu meio dia e as portas abriram para a gente - como vocês devem saber, eu estava fazendo uma live no Instagram e eu acho que ainda tenho o vídeo. Nós éramos o que, quarenta pessoas? Uma boa parte adolescentes. Nada se comparado à centena que chegou antes. E ela agiu como se fosse uma horda de mamutes! (eu não sei qual o coletivo de mamutes). E quando nós entramos no shopping, ele estava vazio. Ninguém da festa ficou. Ninguém prolongou a estadia nas lojas, ninguém quis nada a ver com a gente. Tudo que deu para notar foram os restos de uma festa bem mais interessante que aconteceu antes e para a qual nós não fomos convidados.
O shopping era bem menos do que emocionante por dentro. Se eu não me engano, só 13 lojas estavam abertas, a maior parte que já existia na cidade. Tinha uma feira de livros baratos logo na entrada, mas eram os mesmos livros de sempre. Na praça de alimentação, o Bob's tinha os melhores preços. Alguns restaurantes novos que eu aprendi a amar depois e só. As lojas ficaram vazias, a praça de alimentação encheu. O cinema não estava aberto ainda e levaria mais quase dois meses para abrir. A situação toda foi bem anti-climática. Pelos meses seguintes, foi exatamente assim que o shopping continuou. Vazio, silencioso, chato. Como ficava a caminho da faculdade, eu comecei a almoçar com certa frequência lá e sempre o encontrava assim. Em um desses dias, eu fui bem cedinho e aconteceu comigo uma coisa que pode ter acontecido antes, mas nunca foi tão escancarada: Um segurança começou a me seguir. O shopping estava vazio e eu estava caminhando em direção à praça de alimentação para comer o de sempre e o cara começa a me seguir tão descaradamente que me deixou sufocada. Também teve o Incidente da Cafeteria, no qual, depois de ir trabalhar com o notebook na loja (o que eu fazia com certa frequência, mas nesse dia fiz pelo maior espaço de tempo), tendo pedido só um chá eu ouvi DA PROPRIETÁRIA "Só isso e já vai? Ficou tão pouco tempo hoje!" e depois de ter pago um "Sei que te vejo em breve" que garantiu que eu nunca mais quisesse voltar para o lugar. Quer tenha sido sarcástico ou não, o comentário me deixou extremamente desconfortável, porque criou uma óbvia diferença entre eu, uma pobre e descabelada estudante e escritora, e os homens trabalhando de terno e maleta de rodinhas que usavam a cafeteria de office de co-working. O que é irônico já que eu passei três horas lá e durante boa parte do tempo, EU ERA A ÚNICA CLIENTE NA LOJA!!
Sem querer ensinar o capitalismo para os capitalistas, mas fazendo exatamente isso, os donos e lojistas do Boulevard falharam em perceber uma coisa que é bem básica mesmo: GENTE RICA NÃO GASTA DINHEIRO. Essa cidade é elitista? Pra cacete. Mas quando você coloca uma blogueirinha rica na sua loja para divulgar os produtos, elas vão vender para os seguidores do Instagram delas que em sua maioria são pobres. Esses seguidores precisam se sentir confortáveis na sua loja para gastar dinheiro que não têm em coisas esdruxulas que você comprou de 10 reais em São Paulo e está revendendo a 200 na Bahia. Se gente pobre não se sente confortável no ambiente que você criou, eles deixam de ir e automaticamente vão para outros lugares. Até os dias de hoje, se você visitar o Boulevard fora do horário de almoço, vai encontrar os corredores vazios e as lojas com um ou outro cliente. E hoje em dia está muito melhor do que na época que o shopping abriu. A única ocasião em que isso não acontece é quando acontecem eventos no shopping, que agora usa do estacionamento - tanto interno, quanto externo - para ser ponto de eventos. Desde um show superchique ao Dia de Feira (lembra dele? Continua acontecendo). Quando isso acontece, os corredores se enchem (exceto pelo fato de que quando tem show, por exemplo, existe um bloqueio entre o show e o shopping, para impossibilitar a entrada de gente bêbada), mas não quer dizer que as pessoas façam compras. Quem vai para um festival de comida e logo em seguida dá uma passadinha na Carmen Stefens para comprar dois sapatos? Ninguém. Visitas pontuais por necessidade não mantém um shopping. Centros comerciais não vendem porque tem gente precisando de coisas, vendem porque as coisas estão acessíveis. Essa dificuldade em vender e manter o shopping, fez com que várias lojas desistissem de entrar no shopping que, inclusive, não possui algumas das lojas âncoras prometidas. O cinema abriu em junho com duas salas ao invés das oito salas prometidas e tem os piores horários do mundo. Mary Poppins por exemplo? Estreou na quinta e saiu de cartaz no domingo. NO DOMINGO!!!! Livrarias foram uma das maiores expectativas do mundo, ao ponto do dono fazer mistério em entrevista a uma amiga minha. Depois de ter aberto, foi revelado que a livraria a abrir no Boulevard seria a Nobel, que já tem duas outras lojas aqui e que comanda o mercado literário da cidade. Todo mundo desanimou. Livrarias não são exatamente as lojas mais lucrativas do mundo, mas sabe quem compra livros? Universitários. E sabe qual shopping fica perto de 5 universidades? O Boulevard!!! Mas aparentemente, a coisa toda não foi interessante para a franquia, já que a loja iria abrir em outubro e agora o adesivo que anunciava o local da loja foi removido e o silêncio sobre o assunto é ensurdecedor.
Eu sempre digo que o Boulevard fez em alguns meses o que o Conquista Sul (o outro shopping daqui, aberto desde 2006) não fez em 12 anos: Me fazer elogiar o Conquista Sul. Pode ter sido porque o shopping já está aqui há muito tempo e teve tempo para conhecer o próprio público, mas o Conquista Sul sabe muito bem como atrair pessoas para seu espaço. O shopping tem, por exemplo, o SAC (Sistema de Atendimento ao Cidadão, tipo o Poupa Tempo da Bahia, onde você tira todos os documentos do mundo), que começa a atender às 8h e termina às 18h. O shopping também tem um supermercado, uma agência bancária, Caixas 24h e uma outra agência bancária de frente a ele. Dentro do shopping você vai encontrar desde lojas de produtos importados até botiques caras (com um cropped de 200 reais, por exemplo). Recentemente, também abriu um centro médico lá dentro, onde eu tirei sangue essa semana mesmo e um centro empresarial funciona logo ao lado. O shopping também tem o primeiro drive-thru da cidade, do McDonald's, é claro. Teria o Conquista Sul defeitos? VÁRIOS! Do cinema aos horários de funcionamento. Mas o Conquista Sul sabe o que as pessoas querem. Sabem quem gasta dinheiro. Quando os rolezinhos aconteciam, o shopping liberou o segundo andar para isso, o que foi meio segregatório, sim, mas possibilitou que os rolezinhos continuassem acontecendo e as pessoas continuassem circulando e gastando dinheiro. Todo fim de ano eles fazem a promoção de dois meses para participar do sorteio de um carro juntando até 200 reais de compras e eu e minha irmã, que moramos perto do shopping, acabamos tranquilo com 10 carnês (ou seja, 2 mil reais em compras em dois meses). Porque o shopping é prático! Porque o shopping é acessível! Porque eu posso ir de manhã, fazer um exame de sangue, tomar café da manhã, passar em uma loja de departamento e comprar uma blusa e logo em seguida comprar um sorvete pra ir comendo no ônibus (exatamente o que eu fiz essa semana). Se eu fosse ao Boulevard, a blusa seria mais cara, se tivesse, e não ia dar para fazer o exame de sangue ou tomar o café da manhã porque eu não piso mais na cafeteria de lá (beleza, tem o Rei do Mate e a Casa do Pão de Queijo, mas eu estou tentando provar meu ponto).
O Boulevard foi sem dúvidas a maior decepção de 2018. E estamos falando do mesmo ano em que eu descobrir que um ator que eu amava é um escroto. Aliás, DA MESMA SEMANA!! O lugar é mais centro de eventos do que qualquer coisa. Algumas pessoas já me disseram que era mais pratico ter só pavimentado o terreno e alugado ele para eventos. E é bem verdade que eu quase sempre to no shopping, mas é porque eu estudo ali perto e normalmente para comer. As raras vezes que eu compro algo que não seja comida é na Imaginarium ou na Quem disse Berenice, que são lojas que eu não encontraria em outro lugar da cidade, mas também são lojas que eu posso comprar na internet. Basicamente todos os avanços e melhoras que a gente esperava do shopping não vieram, mas eu mal vejo a hora de ver o shopping mais elitista de todos virar um lugar onde eu posso sentar no chão e os seguranças não vão estar nem aí. (Os clientes vão, porque o povo conquistense é horrível e eu ainda recebo olhares feios quando vou de chinelo e short pro Conquista Sul. Tipo, MEU ANJO, eu to no MEU bairro. Eu venho pra cá como eu quiser).
Filme: De acordo com o Letterboxd (que será muito usado na escrita desses posts), o único filme que eu assisti em abril foi o documentário Quem matou Eloá? para a aula de audiovisual, então ele. O documentário é realmente muito bom, então eu divulgo com tranquilidade.
Série: Uma das coisas que motivou que eu colocasse minha hora de malhar nas 18h, era porque malhando meia hora dava tempo de eu chegar em casa, tomar banho e assistir Kally's Mashup, que começava às 19h. A novela da Nickelodeon tomou conta da minha vida na época em que eu ainda assistia Nickelodeon com frequência e hoje em dia é a única coisa da Nickelodeon que eu ainda assisto e apoio com vontade. É claro que no momento eu estou uns 40 episódios atrasada e fugindo de spoilers como ninguém, mas eu ainda mo muito a série e ouço a trilha sonora com tanta frequência que o elenco da série foi meu segundo artista mais ouvido do Spotify, superando MisterWives!!
Música: Em abril eu ouvi Kehlani com uma frequência absurda, provavelmente porque eu precisava da energia na minha vida, e com o álbum da Hayley Kiyoko tendo saído no dia 30 de março, What I Need, foi tranquilo a minha música mais ouvida. Também vale menção honrosa a Savage do meu ex-trio Bahari, que saiu no dia 13 de abril.
Melhor peça de mídia consumida em abril: Kally's Mashup
Maio
Como eu disse anteriormente, a cura rápida causada por altos níveis de serotonina não possibilitou que eu enfrentasse as causas do meu bloqueio e assim que eu me estabilizei de volta na vida pós-deadlines esses medos voltaram e me bloqueado. Isso não me impediu de tentar me enfiar em ideias malucas para tentar provar algo que eu nem sabia direito o que era. Também não ajudou o fato de que eu relacionei me divertir, fazer compras e o álcool com produtividade. (Parenteses: Eu não tinha pensado nessa coisa de fazer compras e agora eu to o próprio meme do Pikachu chocado. Faz muito sentido que eu tenha gastado tanto dinheiro nos meses seguintes a isso, a ponto de precisar inventar coisas que eu queria de presente de Natal, mas vocês saberão mais sobre isso depois).
No dia 12 de maio, eu e minha irmã saíamos sozinhas para comemorar o aniversário dela, que era no dia 15. Eu bebi Skol Beats pela primeira vez (ou foi a segunda? Sei lá) e como vocês sabem, Skol Beats é uma forma bem simples de ficar bêbada sem perceber. Depois de ter bebido um pouco demais, eu estava passando pela timeline do Twitter quando alguém retweetou o tweet do LesBOut procurando por colaboradoras. Eu sempre quis escrever em um site de cultura pop LGBT e apesar de não ser terem pensado em falar de literatura, eu trouxe a ideia da literatura enquanto conversava com o pessoal do site sobre escrever para o site. Mais ou menos 40 minutos depois eu já estava no grupo do Telegram da redação do site, me apresentando pra todo mundo e falando demais. ENQUANTO COMPLETAMENTE BÊBADA. Se eu me arrependo? Claro que não. Foi muito legal me jogar em algo que eu queria, corajosamente e foi a primeira vez de várias. Mas eu não estava pronta. E levou quase dois meses para que eu conseguisse produzir meu primeiro texto para o site.
Minha entrada no LesBOut foi a primeira das ideias malucas que eu tive para a minha carreira naquele mês. Eu ficava tendo ideias constantemente e queria colocar algumas em prática, o que eu consegui. Eventualmente, esse caos completo levou ao post "O jogo da espera" no fim do mês. Enquanto isso, eu não recebia respostas dos textos que eu tinha escrito e enviado no fim de abril, as respostas do Prêmio Zélia Saldanha me deixaram muito para baixo e o Prêmio Sesc me mantinha no escuro. Eu não conseguia escrever e nem entendia direito o motivo. Tentava me enfiar nas coisas da faculdade e nem isso dava muito certo. Eu tentava pensar em formas práticas de conseguir ser produtiva e inventava um milhão de coisas que possibilitassem que eu escrevesse qualquer coisa, mas o bloqueio era real e paralisante e aterrorizante. E eu fui ficando deprimida.
Maio foi definitivamente o mês mais deprimente do ano. Ao ponto de, quando a Kira eventualmente publicou a versão acústica de Vinyl no YouTube, eu ter passado cerca de 3 horas ouvindo a música no repeat e só chorando. Isso criou uma memória musical tão carregada em cima da música, que eu só fui superar muito tempo depois, quando a música foi eventualmente gravada e ganhou um significado novo quando foi adicionada ao álbum. Graças a Deus, a Kira existe.
Eu também estava tão deprimida que quando minha amiga Jess chegou aqui do Alagoas só para me ver eu tinha 100% de certeza que eu era a pior companhia do mundo porque eu estava irritadiça e cansada pra cacete. Mas foi ela que fez com que eu me sentisse melhor. Eu conheci a Jess em 2015 graças a alguns tweets sobre Finding Carter (série que eu ainda estou a dois ou três episódios de terminar) e várias conversas sobre MisterWives. Ela é uma das amigas virtuais que mais durou na minha vida e que continua próxima de mim até hoje. No começo do ano, ela começou a se organizar para passar as férias do trabalho aqui em Conquista e entre os dias 17 e 21 de maio, ela esteve aqui, e foi muito bom. Eu estava distraida e doida, mas ela fez com que os dias fossem tranquilos e a gente pudesse conversar bastante. Teve até encontro na casa de Vic (sim, a do vinho) e foi muito doido ver esses dois lados da minha vida reunidos no mesmo lugar.
Logo depois que ela foi embora, começaram as tretas da Greve dos Caminhoneiros. No meio desse caos, eu estava me organizando para a viagem de aniversário da minha irmã para o show do Harry Styles e fazendo as coisas do final do semestre. Depois de ter passado dias inteiros trabalhando com meu grupo no nosso projeto final de audiovisual e ter passado a noite inteira trabalhando no vídeo, que eu resolvi dormir enquanto o vídeo era processado para ser apresentado no dia seguinte e acordei com meu notebook completamente travado e a apresentação praticamente não existiu, porque o vídeo não ficou pronto. Eu quis morrer. Eu estou acostumada a essa ideia de falha que eu tenho na cabeça, mas eu nunca quero magoar ou prejudicar ninguém e definitivamente não pessoas que eu amo e saber que eu fiz isso me deixa mal até hoje. Eu sei que não foi culpa minha, mas do notebook, mas na verdade, eu ainda sinto que foi culpa minha sim. De qualquer forma, no final eu fui perdoada e sinceramente isso até hoje me faz pensar que eu tenho os melhores amigos do mundo.
Isso aconteceu no mesmo dia que a minha viagem. Eu estava me sentindo um lixo no ônibus em uma viagem de 20 horas, perdida sobre o que eu faria com a minha vida. Você pode ver os highlights da viagem no destaque "Wandering" no Instagram, o que importa para falar aqui são os dois momentos mais importantes dos quadro dias que eu passei no Rio: O show do Harry e o nascimento do Raindrop. O Rainey nasceu primeiro, no dia do último episódio, ou melhor, dos quatro últimos episódios de The Thundermans. Originalmente nascido no Wordpress, eu precisei migrar o blog para o Blogger já que o Wordpress bloqueia tudo na versão gratuita e por pior que o Blogger seja, ele é o que eu conheço. É claro que eu comecei meu blog em inglês falando sobre a Kira. Ela é o único motivo para eu ter um público que lê o que eu escrevo em inglês. Ela é a melhor coisa que já aconteceu na minha carreira. Eu tento publicar no Raindrop uma vez ao mês e ele até está bem abastecido de textos no momento. O de dezembro ainda não saiu, porque eu fiquei presa nesse aqui, mas ele deve ficar disponível ainda essa semana.
Quanto ao show, ele me faria lembrar que ir para shows de artistas que combinam contigo é maravilhoso. Mesmo não sendo fã e tendo sentido falta de ser a fã maluca que solta fatos aleatórios no meio do show, eu adorei estar no meio daquela bagunça e eventualmente isso me convenceria a ir para o Festival de Inverno Bahia, mas isso vocês lerão quando eu escrever sobre agosto. O que vocês precisam saber é: Maio foi um caos e eu passei grande parte do tempo me sentindo péssima, mas eu realmente precisava passar por esse mês para enfrentar os próximos.
Filme: Entramos oficialmente no período em que eu vou começar a falar de especiais de comédia, porque eu assisti mais especiais de comédia que filmes este ano e eu não tô nem aí. Hard Knock Wife foi o especial que trouxe de volta absolutamente tudo que a gente amou sobre Baby Cobra. A Ali Wong é um gênio e como tal, merece ser valorizada.
Série: Lembra que eu disse que a única coisa da Nickelodeon que eu apoiava era Kally's Mashup? Eu menti. Knight Squad foi uma das melhores estreias do ano e apesar de ter estreado em fevereiro, foi em maio que eu assisti a série com mais vontade, com o episódio 12 estreando no mesmo dia em que os quatro ultimo episódios de The Thundermans estrearam. Sim, quatro episódios em um dia, porque a Nickelodeon é um lixo. Mas tem séries boas com atrizes incríveis então é isso. A Nickelodeon é a CW de quem gosta de série infantil.
Música: VINYL!!!!!!!!! Mas a música ainda sai em breve então, no tears left to cry tomou o espaço da música de maio.
Melhor peça de mídia consumida em maio: Hmmmmmm, vou dizer Vinyl mesmo porque não consigo pensar em outra coisa.
Se maio foi o mês da saúde mental danificada, junho foi o mês da saúde física danificada. Não que minha saúde mental estivesse essa coisa toda em junho, mas parte disso foi o problema com a saúde física. Como vocês sabem, antes de maio eu estava caminhando que nem uma doida, todo santo dia, mesmo quando eu me machucava. Isso foi até que, depois de uma semana particularmente ruim no começo do maio e de ter passado uma semana longe da academia, eu tenha tentado voltar para encontrar as duas esteiras quebradas. Eu fiquei possessa. Eu não podia passar uma semana longe que quebravam minhas coisas? Eu tentei me exercitar na bicicleta ergométrica, mas resultou apenas em dor na coxa e eu ficando desanimada com os exercícios. Passei algumas semanas longe, mas antes que eu pudesse voltar eu torci o tornozelo em uma calçada no centro porque eu moro no inferno e o inferno tem as calçadas mais desniveladas do mundo. Doeu bastante na hora, mas não doeu tanto assim depois que o sangue assentou, exceto duas semanas depois, no começo de junho, quando em uma tentativa desesperada de conseguir uma entrevista com o novo reitor da Uesb, eu subi andando até a reitoria e quase perdi o pé.
Se você não me segue no Instagram (o quê cê tá fazendo meu anjo? Eu estou tentando chegar a 10 mil seguidores e finalmente ter a opção de colocar links nos stories!! Me segue. Isso inclusive começou graças a uma aula em maio sobre redes sociais, em que a palestrante convidada explicou que o Instagram disponibiliza essa opção depois de 10 mil seguidores ou para contas verificadas. Desde então eu estou tentando chegar a este lindo número. De maio até agora eu fui de 1,4 mil seguidores para 6 mil seguidores, então eu acho que estou indo bem. A ideia é chegar até 10 mil antes do fim da lista de 101 coisas em 1001 dias), provavelmente não viu a grande Crise do Pé. Basicamente essa caminhada me rendeu um inchaço no tornozelo que multiplicou o bichinho de tamanho e me deixou com uma dor cegante. Eu consegui a entrevista? Consegui a entrevista (o vídeo tá em algum lugar da página do Avoador). Mas a que custo? Eu fui parar no pronto socorro pela terceira, mas não última, vez no ano e como o médico não identificou nenhum osso quebrado e muito menos tocou no meu pé, eu levei uma injeção na bunda e foi isso. Quando eu cheguei em casa, fiz um textão virtual perguntando sobre ortopedistas mulheres e explicando minhas experiências com ortopedistas homens versus minhas experiências com todas as médicas mulheres que eu tenho. Ainda assim, isso me rendeu respostas sobre exagero no feminismo e etc e como eu estava sendo preconceituosa com homens, sobre o qual eu não vou entrar em detalhes aqui porque eu não aguento mais falar sobre isso. Mesmo que eu fosse preconceituosa com homens, eles continuam sendo a maioria dos médicos, então que diferença faz?
Todos os ortopedistas pelos quais eu passei nessa cidade foram um pesadelo. Até o do pronto socorro quando eu quebrei o dedo, que imobilizou o mesmo com um esparadrapo, que soltou do pé super-rápido e resultou no dedo não se curando direito. Em seguida o especialista em pés, que quando viu meu nome completo pegou o celular e passou 5 minutos no Instagram dele próprio para me mostrar que conhecia alguém com o mesmo último nome que eu e tentando descobrir qual nosso parentesco (eu sei lá, caramba, meu pai tem 8 irmãos). Que não tocou no meu pé porque tinha certeza absoluta que eu tava bem e só parou de zoar e me tratar com velhos amigos quando viu o resultado do meu raio-x e percebeu que a fratura ainda estava viva e quebrada. No pronto socorro com os pés inchados foi um clínico geral que não encostou em mim de novo que me passou exames para fazer fora, me passou a injeção tapa buraco e se recusou a chamar o ortopedista de plantão. Eu fiz os exames e depois de não encontrar ortopedistas mulheres na cidade, resolvi ao menos mudar de bairro e atravessei a cidade para um ortopedista novo. Que se recusou a tocar em mim, viu nos meus exames que não tinha nada demais, disse que a fratura já tava de boas "provavelmente" sem nem passar raio-x e quando eu insisti que ainda sentia dor e inchaço, o que ele conferiu se inclinando por cima da mesa e notando que meus pés estavam inchados através do vidro dela, ele me passou fisioterapia.
Foi na fisio que, no fim do mês, um dos fisioterapeutas notou que eu tinha mesmo sofrido um entorse sério e que eu tinha tendência a isso porque eu ando da forma errada. Basicamente, eu tenho facilidade para machucar o tornozelo e quando machuco, eu magoo o machucado fácil porque eu coloco o peso em cima do machucado quando ando. Completei as sessões de fisioterapia e continuava sentindo dor, mas como o inchaço parou eu segui com a minha vida, mas bem desmotivada para fazer exercícios. Eventualmente, eu machucaria também o braço e passaria boa parte do inverno com dor demais para existir, mas eu vou guardar isso para a hora certa. Meus problemas físicos persistiriam por tempo demais durante o ano e ainda não foram resolvidos não.
Fora dos meus problemas de saúde o começo de junho teve dois eventos importantes: O primeiro foi o chá de bebê da minha irmã, que aconteceu no aniversário dela. Um evento tão esperado que eu tinha o vestido comprado (foto acima) meses antes! Foi muito divertido apesar de corrido. Foi a penúltima viagem antes que eu ficasse completamente exausta de viajar. O segundo evento foi a Copa do Mundo 2018, que surpreendentemente aconteceu este ano. Eu tinha esperanças para a Copa, sabe? Parecia a Copa das zebras e o Brasil precisava daquele hexa para manter a gente bem durante as eleições. Mas o hexa não aconteceu e olha o caos em que estamos agora? (Noite passada eu sonhei que o Brasil tinha vencido a copa, que aliás foi a continuação de um sonho que eu tive semanas atras - sim, isso acontece às vezes - de que a final e as quartas tinham sido canceladas por dopping, então a final foi disputada por Brasil e Bélgica. O brasileiro está tão decepcionado por ter tido o sonho do hexa roubado que ele tem esse tipo de sonho inconscientemente.).
Na carreira, eu trabalhei em criar o giuliasantana.com e gastar uma grana em todos os dramas do site porque eu queria que ele fosse do meu jeito e comprar duas hospedagens de e-mail o giulia@giuliasantana.com e o qamde@giuliasantana.com. Sinceramente, eu me sinto importantíssima tendo um e-mail que tem o meu nome, mas toda vez que eu tenho que dizer meu e-mail para alguém eu tenho certeza de que a pessoa está me julgando, mesmo que não tenha provas. Ainda assim, eu vou continuar porque adoro. Eu também comecei a planejar o 2º Write-In Conquista que aconteceria no mês seguinte e recebi os textos das participações especiais de escritores conquistenses no Mês Literário. Junho também foi o mês que eu oficialmente recebi a recusa do Prêmio Sesc, que na verdade foi só eu indo dar uma checada no site e descoberto que os vencedores já tinham sido divulgados, sendo que era para eu ser notificada da lista de finalistas!! Eu tinha me convencido de que não me importava e que tava tudo bem perder, porque o foco seria o Prêmio Kindle, mas quando eu vi aquilo, passei uma semana mal, a ponto de eu ter ido desabafar para a Kira entre todas as pessoas e dizer a ela um monte de coisas que eu nem disse a minha psicóloga. Eu acho que isso teve influencia em como eu lidei com o lançamento de ALDR em outubro, mas isso é para futuros posts. Assim como a viagem a São Paulo que aconteceu no final do mês, que apesar de ter se passado principalmente em junho, teve seus melhores momentos em julho, então será contada em seguida.
Favoritos do Mês™
Filme: Ora ora, advinha quem não viu nenhum filme em junho de novo? Eu! Pelo menos em julho eu terei muita coisa para falar, hehe.
Série: Bem, aparentemente eu passei junho assistindo Knight Squad também, então eu quero usar esse espaço para falar de uma série que eu não citei, mas tenho quase certeza de que comecei a assistir este ano: The Good Place! O clássico instantâneo da NBC dos mesmos criadores de Brooklyn Nine-Nine, é uma das melhores coisas na Netflix no momento e vocês são obrigados a assistir antes que a série volte dia 10 de janeiro, obrigada.
Música: Eu coloquei motherlove porque foi só em junho que eu fui ouvir Aurora, o segundo álbum da Bea Miller, que é realmente bom.
Melhor peça de mídia consumida em junho: Pelo visto eu não consumi nada de novo em junho. Só morri com My Favorite Murder e assisti série que já tinha assistido. Eu não me arrependo de NADA do que fiz por mim mesma.
Meu Deus. Eu acabei! Eu acabei real!! Eu não to acreditando! OBRIGADA MEU DEUS!!! Esses foram dez longos dias escrevendo sobre três longos meses. Eu preciso ir porque estou postando isso antes de sair para a ceia de Natal, mas estarei de volta na quarta com o vlog de Natal. As últimas duas partes saem antes do dia 31, mas não vou dar datas, porque não sou obrigada. Só um aviso: As cópias que eu esperava de A Linha de Rumo chegaram!! Vocês já podem comprar na minha mão por R$35 + R$10 de frete para todo Brasil!! Se quiser, só deixar seu e-mail nos comentários ou enviar um e-mail para giulia@giuliasantana.com. (Você tá me julgando? Para de me julgar.)
Feliz Natal!
G.
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