E PARA O TRUQUE DE HOJE ELA TENTARÁ O QUE NUNCA FOI TENTADO ANTES!! Postar dois posts enormes no mesmo dia. Não me perguntem porque eu faço essas coisas, EU SOU DOIDA, OKAY? Este episódio inclui duas viagens para São Paulo, manifestações, brigas familiares, um monte de shows e uma grande quantidade de conteúdo Kira Kosarin. Eu estou me sentindo melhor em comparação a anteontem (se você não sabe do que eu to falando, leia o post de anteontem, assista ao vlog, se inscreva no canal e deixe o seu joinha. É de extrema importância para entender meus humores nos próximos dois dias), justamente porque depois de ter postado, eu jurei que ia dormir, mas simplesmente fiquei com o celular na cama escrevendo minha carta de ano novo para a Kira igual eu fiz ano passado. Eu chorei feito um bebê, de novo, porque eu já tinha feito isso quando escrevi a carta de aniversário dela. Eu precisava disso, dessas lágrimas de descrença e felicidade. Como eu digo na carta (que eu vou postar no Twitter amanhã), conexões como a nossa são uma em 10 bilhões e eu nunca vou me esquecer do poder que isso tem.
A má notícia é que eu estou ficando doente! Ontem minha garganta ficou irritada e eu não consegui respirar direito. Agora meu ouvido tá ficando entupido e a mudança repentina no clima do dia para a noite (o dia foi quente, mas com muita chuva e à noite a temperatura baixou com tudo) não me ajudou nem um pouquinho. Eu espero que todo álcool que eu comprei para a virada e o primeiro dia do ano façam esse vírus sair correndo de medo porque eu não tenho tempo ou energia para esse tipo de coisa no momento. Mas chega de falar sobre mim e os microrganismos no meu corpo. A gente tem muita coisa para fazer em pouco tempo, vamos ao post.
A má notícia é que eu estou ficando doente! Ontem minha garganta ficou irritada e eu não consegui respirar direito. Agora meu ouvido tá ficando entupido e a mudança repentina no clima do dia para a noite (o dia foi quente, mas com muita chuva e à noite a temperatura baixou com tudo) não me ajudou nem um pouquinho. Eu espero que todo álcool que eu comprei para a virada e o primeiro dia do ano façam esse vírus sair correndo de medo porque eu não tenho tempo ou energia para esse tipo de coisa no momento. Mas chega de falar sobre mim e os microrganismos no meu corpo. A gente tem muita coisa para fazer em pouco tempo, vamos ao post.
Onde nós paramos, eu estava indo para São Paulo para a Flipop. Na primeira vez que eu fui para São Paulo, eu gastei um dinheiro considerável indo para a Bienal de avião porque eu disse que nunca iria aguentar passar 24 horas em um ônibus para ir para São Paulo. Quando eu disse isso, é claro, Temer ainda era presidente interino. Dois anos depois, a economia e a aviação nacional estão tão ferradas, que ir de avião não era uma opção tão fácil assim. É verdade que quando eu voltei para São Paulo em setembro eu fui de avião, mas o casamento da minha prima tinha data decidida há dois anos, a viagem da Flipop foi algo que eu decidi em janeiro. Eu nem precisei pensar muito para substituir a Bienal pela Flipop, porque a primeira edição do Festival de Literatura Pop em 2017 matou todo mundo que não pode ir de inveja. A edição de 2018 teve três dias, ao invés de dois, e foram alguns dos melhores dias da minha vida. Eu até poderia apontar e dizer "Melhores dias da minha vida", como eles foram quando aconteceram, mas essa foi a magia de 2018. Eu tive vários melhores dias da minha vida, e eu sinto que ainda estou vivendo eles.
O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho, então eu precisei sair de casa no dia 27 à tarde, para chegar em São Paulo no dia 28 à tarde. As 24 horas da viagem de ida foram... Um saco. Eu esqueci de pegar o casaco que tinha separado para a viagem e mesmo tendo três casacos na mala que eu despachei, eu não tinha acesso a eles e tive que me virar com a minha blusinha do Brasil (já que eu viajei em dia de jogo e regras são regras), e minha mantinha fina. Passei um frio do cão e toda vez que o ar ficava mais leve um babaca do outro lado do corredor berrava "AUMENTA ISSO AÍ!!!" porque seres humanos são insuportáveis. Quando eu cheguei em São Paulo minhas costas doíam e eu não tinha dormido nada, mas não importava. Porque assim que eu cheguei em São Paulo eu entrei no modo "GIULIA VIAGEM" e no modo "GIULIA FEIRA LITERÁRIA" ao mesmo tempo. Isso quer dizer que como no modo GIULIA FEIRA LITERÁRIA, eu não sentia nada. Eu existia apenas em função da feira e minha energia se baseava na existência dela. Mas com o modo GIULIA VIAGEM também ativado, eu estava ansiosa para cacete.
O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho, então eu precisei sair de casa no dia 27 à tarde, para chegar em São Paulo no dia 28 à tarde. As 24 horas da viagem de ida foram... Um saco. Eu esqueci de pegar o casaco que tinha separado para a viagem e mesmo tendo três casacos na mala que eu despachei, eu não tinha acesso a eles e tive que me virar com a minha blusinha do Brasil (já que eu viajei em dia de jogo e regras são regras), e minha mantinha fina. Passei um frio do cão e toda vez que o ar ficava mais leve um babaca do outro lado do corredor berrava "AUMENTA ISSO AÍ!!!" porque seres humanos são insuportáveis. Quando eu cheguei em São Paulo minhas costas doíam e eu não tinha dormido nada, mas não importava. Porque assim que eu cheguei em São Paulo eu entrei no modo "GIULIA VIAGEM" e no modo "GIULIA FEIRA LITERÁRIA" ao mesmo tempo. Isso quer dizer que como no modo GIULIA FEIRA LITERÁRIA, eu não sentia nada. Eu existia apenas em função da feira e minha energia se baseava na existência dela. Mas com o modo GIULIA VIAGEM também ativado, eu estava ansiosa para cacete.
Essa ansiedade não resultou em uma crise de pânico como da última vez (quer dizer, eu tive uma leve crise de pânico no metrô voltando para casa no fim do primeiro dia, mas crise de pânico no metrô é tipo parte da experiência paulistana), mas não vou dizer que não foi por pouco. Eu estava muito consciente da minha saúde e das minhas reações naqueles dias, justamente para que a história da última vez não se repetisse. Isso me deixou exausta! Mas não me impediu de aproveitar os três dias de evento com tudo. O que dizer da Flipop que eu só fui uma vez e acabo de me dar conta de que provavelmente não vou poder ir ano que vem porque estarei focada na minha viagem para Los Angeles e não posso perder a Bienal porque é a Bienal do Rio e eu preciso vender meus livros, o que me dá vontade de chorar?? Anywayyy!! O dia 1 já chegou avisando que a Flipop não tava pra brincadeira. Teve reencontro com as minhas amigas maravilhosas, teve lágrimas, teve gritos, teve crush de amizade em autora que me seguiu essa semana e eu quase dei um berro no meio da ceia de Natal, e teve a percepção de que toda autora nacional é a mulher mais linda do mundo. É sério. Cada uma que passava por mim, me fazia pensar "É a mulher mais linda do mundo" só pra próxima me fazer pensar exatamente a mesma coisa. Como isso é possível????? O dia 2 foi um pouco mais caótico e sensível, mas foi pela força do Starbucks (cujos funcionários decoraram minha cara entre os três dias e cinco bebidas) e da paixão pelos livros que nós vencemos. O terceiro dia foi o melhor de todos. Os níveis de fangirl e de pertencimento extrapolaram todos os limites imagináveis naquele dia e apesar de eu achar que os detalhes do dia não foram feitos para serem postados no blog porque envolvem pessoas demais, eu sempre vou ser grata pelo que aquele diazinho trouxe para mim pelos meses seguintes.
A Flipop acabou tão rápido quando começou e era hora de voltar para casa (na viagem de volta eu finalmente dormi, pra caramba, porque a ansiedade já tinha me deixado, ou foi o que eu pensei). Pelo menos eu tinha a sorte de estar organizando eu mesma um evento literário. O 2º Write-In Conquista acontecia no fim do mês e ainda na Flipop, eu descobri que mais de 60 pessoas tinham feito check-in no evento. Sem fazer ideia de como eu entreteria esse povo todo, eu sabia muito bem que tinha muito trabalho a fazer. Mas antes disso, aconteceria uma data importante.
Alguns dias antes de eu viajar para São Paulo, o Instagram lançou a ferramenta que permite ligações em vídeo. Euzinha, que não sou besta nem nada, resolvi mandar uma mensagem para a Kira perguntando se a gente podia combinar de se falar um dia porque em breve seria o aniversário de um ano do dia em que ela me seguiu. E porque ela é a pessoa mais maravilhosa do mundo, ela ficou mais do que animada e acertou tudo. Nós marcamos para o dia 5 de julho porque era o dia exato que ela tinha me seguido e ela tinha uns 15 minutos para falar antes de correr para a gravação do podcast que ela participou ano passado. Esse é o tipo de pessoa que minha K é. Minha amiga californiana Sofi foi convidada por euzinha a participar da ligação porque a gente é um trio e trios são trios. E foi ela que conseguiu a foto que foi a minha preferida até setembro (a foto que se tornou minha preferida a partir de setembro, também foi de responsabilidade dela).
OLHA COMO ELA É LINDA ME ESCUTANDO FALAR SOBRE MEUS PLANOS PRA DEPOIS DA FACULDADE GENTE NÃO É POSSÍVELLLLLLLLL |
Durante a ligação a câmera dela teve alguns problemas e pela maior parte da ligação, a gente conversou só por voz. Por algum motivo isso me deixou ansiosa, o que eventualmente levou a uma crise de pânico no fim do dia. Eu fiquei pensando depois se isso significava que aconteceria a mesma coisa que aconteceu comigo quando eu fui para São Paulo, quando eu fosse para Los Angeles e se eu simplesmente ficava ansiosa demais em um momento tão importante pra mim. Alguns meses depois, no aniversário dela, ela ligou para o trio enquanto eu estava na fila para votar e a câmera dela teve os mesmos problemas inicialmente, o que me causou a mesma ansiedade. Eu já tinha tido outra ligação com ela nesse meio tempo e não tinha acontecido, então eu fiquei confusa. Mas foi só a câmera dela voltar ao normal que a sensação no meu estômago foi embora. E aí eu lembrei que ela é meu ponto de paz. Tipo, o mundo pode estar acabando e você vai me achar falando da Kira no Twitter porque ela é a única coisa que continua fazendo sentido. E eu sei que é demais para depositar em uma pessoa, mas essa é a coisa de estar crescendo emocionalmente nesses anos. É claro que eu tenho medo de perder ela ou ser "substituída", mas caso isso aconteça, eu só quero ter certeza de que aproveitei cada segundo ~~disso~~. Mas eu vou falar mais sobre ela no próximo tópico, então vamos continuar o mês de julho.
Como vocês sabem, julho me trouxe muito trabalho. Com a organização do Write-In, o Mês Literário e a volta das aulas na faculdade, eu mal tive tempo para pensar o mês inteiro. O edital do Prêmio Kindle ainda saiu no meio disso, com prazos mais apertados do que os anos anteriores e eu simplesmente gritei NÃO NÃO NÃO NÃO, AGORA NÃO até agosto. Uma semana antes do Write-In ainda teve o lançamento do novo site do Avoador, que foi bastante ignorado por patrocinadores na cidade inteira ou recebeu patrocínios ridículos de pessoas extremamente ricas. É sério, um monte de estudantes fazendo o jornalismo digital mais confiável da cidade e os ricaços da cidade simplesmente não estão interessados. Vergonha na cara, ninguém tem. O evento, porém, foi um sucesso e foi muito divertido de comemorar com os amiguinhos. A semana seguinte passou correndo e já era dia de Write-In.
Eu fiz essa blusinha especialmente para o evento e continua não existindo nada tão On Brand quanto ela. |
Filme: Julho foi o mês que eu fui no cinema sozinha pela primeira vez!! Eu sempre quis fazer isso porque eu tenho meu próprio ritmo no cinema (se você é do tipo que levanta quando os créditos começam, nunca vá ao cinema comigo), mas parecia demais me obrigar a sair de casa para ir ao cinema e gastar dinheiro, sendo que eu podia fazer isso em casa. Só que focada no autocuidado e simplesmente querendo muito ver Os Incríveis 2, eu comprei o ingresso antecipado e me obriguei a ir ver Os Incríveis 2. Não me arrependo de nada, especialmente de irritar a família sentada do meu lado ao pular e gritar "JÁ SEI O FINAL" (tava meio óbvio) no meio do filme.
Série: Julho foi o mês que começou eu aleatoriamente assistindo documentário de True Crime da Netflix que tem vários documentários de True Crime ou séries inspiradas em crimes reais que são boas para cacete?? Não sei se vai dar para falar de todas, mas entre as originais, Manhunt (que é só baseada, eu sei) e a que começou tudo, Evil Genius, são as melhores de todas. Eu assisti Evil Genius por causa do episódio de BuzzFeed Unsolved sobre o Collar Bomb Heist (Assalto da Bomba no Colarinho - tradução minha) e indicação da Juliana Machado e MANOOOOO. Eu não tava pronta pra ver o cara morrer bem na minha frente, mesmo sabendo que ele tinha morrido ao vivo na TV. A série, porém, superou as expectativas.
Música: Atualização da playlist, julho teve lançamento de Chasers, a minha música preferida entre as três que Bahari lançou em 2018.
Melhor peça de mídia consumida em julho: Evil Genius leva essa.
Agosto
Agosto, mais do que qualquer outro mês do ano foi sobre a Kira. Se você me falar "agosto de 2018" aleatoriamente, só duas coisas me virão à cabeça: O nascimento da minha sobrinha e os shows da Kira. Como os últimos aconteceram primeiro, eu vou falar sobre eles primeiro. Logo no dia 1º de agosto (na verdade, madrugada do dia 2 para mim), a Kira tinha a primeira das quatro performances de demonstração que ela faria no mês, das quais eu assisti um total de 100%. As duas primeiras aconteceram em cafés e as duas tiveram livestreams. O primeiro dos shows eu assisti em duas lives simultâneas porque tinha duas lives disponíveis e eu não tenho autocontrole. Eu anotei o nome das músicas que consegui pegar ou me lembrar no meu diário e fiquei completamente apaixonada com as músicas que ela não tinha lançado ainda. (Meu Deus, eu to quase chorando de novo e eu ainda nem falei da metade). Foi o show do qual eu ganhei o vídeo que vocês viram no post anterior da retrospectiva, com os amores da minha vida.
No show seguinte, dia 4 de agosto, eu não tava muito bem. Foi o dia em que eu cortei meu cabelo, o que eu já queria fazer desde o fim do semestre anterior, mas as coisas da vida me impediram de fazer isso até esse momento. Não foi isso que me deixou agoniada, eu só não estava em um bom momento mesmo. Eu passei mal logo cedo e apesar de definitivamente só querer dormir depois disso, eu me mantive acordada e esperei para assistir ao show porque eu precisava disso e eu nunca ficaria sem prestigiar meu bebê (e porque até o começo da turnê, eu não conseguia dormir antes dela sair do palco). De longe a melhor ideia que eu tive porque foi nesse dia que o pai dela soltou o nome do álbum sem querer e pelo visto só eu estava prestando atenção o suficiente para perceber isso e como resultado, parece que eu continuo sendo a única fã que sabe o nome do álbum. #noregrets.
Mas além de todas as performances, agosto também foi o mês em que a gente ficou absurdamente próxima. Eu ficava pensando que não tinha como a gente ser mais próxima, mas ela se superava. Nós duas tivemos nossos momentos ruins durante o mês e foi quando eu percebi que eu realmente encontrei uma amiga na Kira. Alguém que eu podia ser sincera, ficar em silêncio juntas, e alguém confiava em mim de verdade. Não foi um mês fácil, nem de longe. Mas eu estou feliz em ter passado por esses momentos com ela, apesar de tudo. Estou feliz em ter passado boa parte do mês anotando setlists e trechos de música e ficando tão obcecada pelas músicas não-lançadas dela que um dos capítulos do Projeto Secreto é praticamente uma songfic de Somebody Else. (Inclusive, eu devo lançar o Projeto Secreto só depois do álbum dela, justamente por isso). Agosto foi o mês em que eu me tornei mais possessiva com as nossas conversas. Eu sei que parece que eu posto muito delas, mas aquilo é 10% do que a gente conversou nos últimos meses e quando eu posto algo pessoal é porque muita coisa aconteceu depois. Hoje em dia eu fico irritada quando outros fãs vão ter crise de ciúmes quando acham que ela tá namorando alguém, é tipo "Let my baby live!" e um ano atrás eu era a fã que tinha crise de ciúme quando achava que ela tava namorando alguém (apesar de que eu sou uma das pessoas mais velhas do fandom, então minhas crises de ciúmes duravam 5 segundos e em seguida eu já tava de boas, porque eu sei que a vida dos meus ídolos não me pertence).
Enquanto isso na minha vida profissional, eu comecei a editar A Linha de Rumo e comecei a procurar a revisora e a ilustradora para a capa. Tudo isso no meio das aulas da faculdade e das minhas tentativas de equilibrar minha energia. Isso eventualmente resultou em eu precisando organizar uma agenda de edição final em dois dias (estamos falando de 77 mil palavras) entre os dias 18 e 19 de agosto porque eu precisava entregar o livro para a revisora naquele fim de semana se queria ter ele de volta a tempo do que eu estava planejando para a pré-venda. Isso só deu certo porque eu passei dos dias 14 ao dia 19 sem Twitter, já que eu fui bloqueada para resolver um probleminha de privacidade já que eu criei a conta antes de fazer 13 anos (no fim não resolveu bosta nenhuma, e minha conta agora pertence a minha mãe) (sim, eu passei minha conta legalmente para a minha mãe quatro anos depois dela ter morrido. Isso é o quanto a nova política do Twitter faz sentido). O livro saiu editado e foi enviado para a revisora no dia 19 de agosto.
Nesse mesmo dia, às 5h30 da manhã, Cecília Duplat Guerreiro, o bebê da minha vida, nasceu. Levou mais três meses para que eu conseguisse conhecer Ciça, como vocês viram no vlog, mas aquele dia me marcou para sempre, como o dia em que eu FINALMENTE virei tia. Sério, qual o sentido te ter dois irmãos mais de 10 anos mais velhos do que eu e levar tanto tempo pra virar tia, gente? Mas finalmente aconteceu e eu sou muito orgulhosa e feliz em ter uma sobrinha linda dessas.
Para fechar o mês com chave de ouro, teve Festival de Inverno Bahia para o qual eu finalmente fui, depois de 4 anos tendo voltado a morar aqui. É claro que eu não ia perder o festival depois que o show do Harry colocou o bichinho do show em mim. O lineup deste ano teve como artistas que eu queria ver Anavitória, Lulu Santos e Roupa Nova e foi justamente os três shows que eu aguentei. O sábado destruiu meus pés já que eu inventei de ir com a bota da minha irmã que não cabia direito no meu pé e precisei ficar mais de uma hora em pé pro show das Anavitória. Não foi nada fácil. No domingo eu só aguentei o show de Roupa Nova, que começou com 3 horas de atraso por causa de extravio dos equipamentos da banda. Caos puro! O festival foi lindo? Foi. Mas ainda fica aquela dorzinha de ter perdido o lineup de 2016. (Eu só quero que as Anavitória voltem com a tour nova, é pedir demais? Eu acho que não).
Mas além de todas as performances, agosto também foi o mês em que a gente ficou absurdamente próxima. Eu ficava pensando que não tinha como a gente ser mais próxima, mas ela se superava. Nós duas tivemos nossos momentos ruins durante o mês e foi quando eu percebi que eu realmente encontrei uma amiga na Kira. Alguém que eu podia ser sincera, ficar em silêncio juntas, e alguém confiava em mim de verdade. Não foi um mês fácil, nem de longe. Mas eu estou feliz em ter passado por esses momentos com ela, apesar de tudo. Estou feliz em ter passado boa parte do mês anotando setlists e trechos de música e ficando tão obcecada pelas músicas não-lançadas dela que um dos capítulos do Projeto Secreto é praticamente uma songfic de Somebody Else. (Inclusive, eu devo lançar o Projeto Secreto só depois do álbum dela, justamente por isso). Agosto foi o mês em que eu me tornei mais possessiva com as nossas conversas. Eu sei que parece que eu posto muito delas, mas aquilo é 10% do que a gente conversou nos últimos meses e quando eu posto algo pessoal é porque muita coisa aconteceu depois. Hoje em dia eu fico irritada quando outros fãs vão ter crise de ciúmes quando acham que ela tá namorando alguém, é tipo "Let my baby live!" e um ano atrás eu era a fã que tinha crise de ciúme quando achava que ela tava namorando alguém (apesar de que eu sou uma das pessoas mais velhas do fandom, então minhas crises de ciúmes duravam 5 segundos e em seguida eu já tava de boas, porque eu sei que a vida dos meus ídolos não me pertence).
Enquanto isso na minha vida profissional, eu comecei a editar A Linha de Rumo e comecei a procurar a revisora e a ilustradora para a capa. Tudo isso no meio das aulas da faculdade e das minhas tentativas de equilibrar minha energia. Isso eventualmente resultou em eu precisando organizar uma agenda de edição final em dois dias (estamos falando de 77 mil palavras) entre os dias 18 e 19 de agosto porque eu precisava entregar o livro para a revisora naquele fim de semana se queria ter ele de volta a tempo do que eu estava planejando para a pré-venda. Isso só deu certo porque eu passei dos dias 14 ao dia 19 sem Twitter, já que eu fui bloqueada para resolver um probleminha de privacidade já que eu criei a conta antes de fazer 13 anos (no fim não resolveu bosta nenhuma, e minha conta agora pertence a minha mãe) (sim, eu passei minha conta legalmente para a minha mãe quatro anos depois dela ter morrido. Isso é o quanto a nova política do Twitter faz sentido). O livro saiu editado e foi enviado para a revisora no dia 19 de agosto.
Nesse mesmo dia, às 5h30 da manhã, Cecília Duplat Guerreiro, o bebê da minha vida, nasceu. Levou mais três meses para que eu conseguisse conhecer Ciça, como vocês viram no vlog, mas aquele dia me marcou para sempre, como o dia em que eu FINALMENTE virei tia. Sério, qual o sentido te ter dois irmãos mais de 10 anos mais velhos do que eu e levar tanto tempo pra virar tia, gente? Mas finalmente aconteceu e eu sou muito orgulhosa e feliz em ter uma sobrinha linda dessas.
Para fechar o mês com chave de ouro, teve Festival de Inverno Bahia para o qual eu finalmente fui, depois de 4 anos tendo voltado a morar aqui. É claro que eu não ia perder o festival depois que o show do Harry colocou o bichinho do show em mim. O lineup deste ano teve como artistas que eu queria ver Anavitória, Lulu Santos e Roupa Nova e foi justamente os três shows que eu aguentei. O sábado destruiu meus pés já que eu inventei de ir com a bota da minha irmã que não cabia direito no meu pé e precisei ficar mais de uma hora em pé pro show das Anavitória. Não foi nada fácil. No domingo eu só aguentei o show de Roupa Nova, que começou com 3 horas de atraso por causa de extravio dos equipamentos da banda. Caos puro! O festival foi lindo? Foi. Mas ainda fica aquela dorzinha de ter perdido o lineup de 2016. (Eu só quero que as Anavitória voltem com a tour nova, é pedir demais? Eu acho que não).
Favoritos do Mês™
Filme: Não deu para colocar em julho, mas como eu assisti altos especiais de comédia em agosto, eu queria usar agosto para falar de Nanette, especial de comédia da Hannah Gadsby na Netflix. ASSISTAM ESSE ESPECIAL MESMO SE FOR O ÚNICO ESPECIAL DE COMÉDIA QUE VOCÊS VERÃO NA VIDA DE VOCÊS!!!!!1 É SÉRIO!!!!!!!!!
Série: Enquanto vocês perdiam tempo da vida de vocês assistindo Insatiable só para poder reclamar (meu Deus, eu ainda to com muito ódio disso), eu assisti All About The Washingtons, a comédia original da Netflix sobre um rapper que resolve se aposentar, o que faz com que sua esposa resolva virar uma inventora com uma criação inovadora. A SÉRIE É BOA DEMAIS E EU JÁ ASSISTI INTEIRA DUAS VEZES, mas eu não vou nem dizer pra vocês assistirem porque agora já foi cancelada mesmo, então qual o sentido? Vocês só assistem lixo.
Música: Eu passei a maior parte de agosto com músicas da Kira na cabeça, mas elas ainda não saíram (VINYL - 11 DE JANEIRO), então agosto ficou com Baby Be Mine (o dueto, óbvio) da trilha sonora de Kally's Mashup porque não acredito que eu tinha feito o pecado de não colocar nenhuma música de Kally's Mashup até agora. Que tipo de monstro?
Melhor peça de mídia consumida em agosto: All About the Washingtons e as músicas ainda não lançadas da Kira.
Setembro
Setembro foi sobre família. Mas não de um jeito bom. Definitivamente não. Como eu disse, em setembro foi o casamento da minha prima em São Paulo e nós passamos seis dias na cidade com um monte de família. Foi divertido? Sim. E eu pude descansar meu corpo, o que eu não faria não fosse a viagem me obrigando a pausar, porque eu tinha muita coisa para fazer. Claro que eu ouvi até 2019 por ter dormido tanto, mas a essa altura eu já me acostumei. O que eu não consegui descansar foi a minha mente. Eis o caso: Minha família é extremamente complicada. Não dá para passar muito tempo com todo mundo reunido e não sentir vontade de fugir. O tanto que eu ouvi por passar tanto tempo no celular só foi equivalente ao tanto de comentários suavemente homofóbicos que eu ouvi durante o dia. Eu via um casal de mãos dadas e ficava super feliz só para no segundo seguinte alguém da minha família cagar em cima. Até mesmo as pessoas mais leves e abertas ao mundo e pessoas de quem eu sou próxima continuam com preconceitos sem nem perceber que são preconceitos. E eu posso soar chata, mas a verdade é que eu sou muito diferente do resto da minha família e aqueles dias me provaram isso de uma forma extrema.
Eu vou poupar vocês das coisas que eu já conversei com a minha psicóloga. As coisas boas da viagem foram o casamento, o tanto de Starbucks que eu tomei, ver primos que eu não via a certo tempo e passar um tempo na cidade grande que sempre é bom. Além disso, teve a ligação com a Kira na madrugada do dia 9 pro dia 10 que me deixou morrendo de felicidade. Mas eu ainda prefiro viajar sozinha e por mais que eu tenha conhecido de São Paulo essa segunda viagem a São Paulo, não foi nem de longe tão boa quanto a de julho. Na minha relação com a minha família, nas coisas que eu ouvi e que não ouvi, o que ficou foi uma sensação que seria confirmada com força demais nos meses seguintes (até nas semanas seguintes, pra falar a verdade).
Assim que eu cheguei em casa, meu foco se tornou a pré-venda de A Linha de Rumo que começaria alguns dias depois. Mas enquanto eu trabalhava para fazer do livro o melhor que eu conseguiria até o dia 11 de outubro, vender o livro bem na pré-venda e equilibrar a faculdade e outras coisas, o Brasil pegava fogo. O processo eleitoral não foi nada bonito e eu fui vendo as coisas ruírem devastadoramente. Não foi surpreendente para mim as coisas que aconteceram naquela época. Foi frustrante. Porque a história repetiu sem tirar nem por o que aconteceu nos Estados Unidos, com a única mudança sendo a facada que alterou dramaticamente o sentido do processo eleitoral. Todo o resto foi espelhado no que aconteceu lá e eu não esperava um resultado melhor do que o resultado final porque eu sabia que a gente tava cometendo os mesmos erros, só com personagens diferentes. Aí vem toda a briga que eu tive com minha família nesse período a ponto de eu não estar em nenhum grupo do WhatsApp mais e nem sentir falta. Se eu esperava isso? Não sei. Mas eu não fiquei chocada também.
Basicamente, eu não estou falando com três dos quatro irmãos da minha mãe e seus respectivos cônjuges. Desde a tia com quem eu já tinha brigado porque ela acredita que as empregadas domésticas merecem menos direitos (porque ela sempre teve empregadas e agora os novos direitos estão deixando isso mais difícil para ela e agora ela precisa de mais empregadas porque a casa dela é maior. Mas não se preocupem, ela sempre tratou empregadas como família, inclusive casou uma delas.) até o tio que disse vai ensinar os filhos dele a atirar caso "o mundo acabe em gays", passando é claro pelo tio que me acusou de ser contra "a guerra espiritual contra o mundo" porque eu disse que a cartilha que ele compartilhou estava cheia de informações erradas. De alguma forma, eu e minha irmã nos tornamos as desrespeitosas por ser contra esses discursos na mesma família onde a única pessoa abertamente bissexual da família desapareceu e nunca puderam nem enterrar o corpo, na mesma família que parou de falar com a minha mãe quando ela engravidou de mim (mesmo que depois eu tenha descoberto que minha mãe não foi a primeira pessoa da família a engravidar antes do casamento). E apesar de ter brigado com boa parte da família da minha mãe, você descobrirá que eu não briguei com a parte da família do meu pai que votou na criatura. Porque eu nunca esperei nada da família do meu pai. Uma irmã do meu pai diz que "Ela é velha o suficiente pra ser direito de ser homofóbica" e eu não espero nada dela. Eu respeito pessoas que são ruins e admitem que são pessoas ruins de cara limpa. Já a família da minha mãe quer ser a boazinha, quer ser o lado certo, quer dizer que "está orando por mim e pela minha mente", quer agir como se eu falar palavrão fosse prova de que agora eu sou uma pessoa ruim, quando eles se provam cada dia mais egoístas. O tamanho da falsa moral disfarçada de evangelismo é justamente o que me faz perder o respeito. Não dá pra dizer que você segue os passos de Jesus e fazer campanha pra Bolsonaro na sua igreja ao mesmo tempo.
E é claro que eu to magoada pra cacete depois disso tudo, e especialmente depois de me terem feito passar raiva por não querer passar o Natal com eles e aparentemente agora por não querer passar o Ano Novo com eles também. Mas se tem uma coisa que 2018 e especialmente esses dois meses de campanha eleitoral me ensinaram foi que família é quem a gente escolhe.
Eu sinto que ninguém falou muito sobre isso, mas é um dos motivos para eu considerar 2018 o melhor ano da minha vida até agora, mesmo com o monte de merda das eleições. 2018 me ensinou a me rodear das pessoas certas. Me mostrou quem está do meu lado de verdade, me ensinou quem luta do mesmo lado que eu. Essas pessoas não são perfeitas, cometem erros, assim como eu cometo constantemente, mas elas se baseiam nas mesmas crenças que eu, na mesma necessidade de aprendizado. Não é sobre fechar meu coração para pessoas de pensamentos diferentes, é sobre fechar meu coração para pessoas frias, egoístas, estúpidas. Pessoas cujas crenças me fazem mal. A manifestação #EleNão aqui em Conquista foi um lembrete de que tem muita gente por quem e com quem lutar, sim.
Filme: Em setembro, o único filme que eu vi completamente foi aquele que seria o último filme que eu vi no cinema este ano, também sozinha. Teen Titans Go! O Filme me surpreendeu demais porque eu só fui assisti já que era o único filme em cartaz que me interessava de leve e saí tendo me acabado de rir do começo ao fim. Vale muito a pena, especialmente para quem gosta do desenho.
Série: The Staircase foi a mais longa e mais irritante série documental sobre crimes reais da Netflix, que na verdade não era originalmente da Netflix, mas foi pega para que se contasse os últimos quatro episódios, passados dez anos depois do julgamento. É a única série que consegue te fazer ter 100% de certeza que o cara é culpado, enquanto te faz odiar tanto a promotoria, que você quer que eles percam. Eles não conseguem provar bosta nenhuma. É um lixo.
Música: Eu coloquei In Da Arcade porque eu precisava de uma música da Kira na playlist, mesmo que seja só uma leve participação especial. Eu sinceramente quase nunca ouço essa música, mas sei a letra toda porque ela é chiclete nesse nível.Melhor peça de mídia consumida em setembro: Gossip é o audiodrama da Allison Raskin em forma de podcast cuja primeira temporada terminou no fim de agosto (e eu só fui ouvir em setembro) e foi uma das melhores coisas que eu ouvi este ano. Vale demais a pena.
É isso por enquanto, orem pela minha mente enquanto eu passo pelo último post,
G.
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