OI MEUS AMORZINHOOOSSSSSSSS, BEBÊS DE MAMÃE. Primeiramente, FELIZ DIA NACIONAL DO ESCRITORRRR!!! É meu primeiro como escritora publicada e apesar de não escrever um post completo, eu vou postar alguns conteúdos legais no Instagram. De qualquer forma, o vlog de hoje é sobre meu segundo livro, aquele que eu sabia que escreveria desde o primeiro semestre da faculdade e que tomou conta da minha vida completamente este ano.
O vlog termina de forma abrupta, então eu termino ele chamando vocês de volta ao post. Eu cheguei em casa exausta e esqueci de gravar o vídeo terminando tudo e falando sobre como eu me sentia. Como muita coisa aconteceu depois da minha banca do TCC (que aconteceu no dia 23 de abril), eu preciso que vocês assistam o vlog e voltem ao post para ler sobre tudo. Com vocês, o vlog 9, sobre a banca do meu TCC:




Minha banca foi extremamente emotiva para todos os envolvidos e presentes, mas eu precisei cortar uma grande parte do vídeo para não invadir a privacidade de ninguém. Eu também cortei a parte teórica da apresentação, porque ficaria muito chata e mantive a descrição do processo do livro. Assistindo ao vídeo, vocês provavelmente conseguem notar o quão nervosa eu estava e a diferença entre a minha desenvoltura apresentando a banca do TCC e no lançamento de A Linha de Rumo ano passado. Eu odeio ser avaliada, Deus me livre, é paralisante. 
A semana de bancas foi uma das semanas mais ansiogênicas para mim. Pelo menos minha banca foi logo na terça, mas no dia seguinte eu já estava tendo crises de pânico por não ter recebido respostas sobre textos que eu enviei para revistas. Eu entrei em um ciclo vicioso de enviar proposta de freelas e me candidatar a vagas de emprego, enquanto não conseguia escrever os textos que já tinha na deadline. Na semana seguinte, eu entrei em uma das piores crises de depressão que tive este ano e olha que eu tive muitos momentos em que estava triste demais para viver em 2019. Mesmo agora, três meses depois, o fim da faculdade me causa a mesma sensação de desespero que aquela semana de bancas me causou. Eu não conseguia simplesmente comemorar ter sido aprovada. Era como se se eu não conseguisse um emprego, nada valesse a pena. É bizarro né? Eu entrei imediatamente do modo "preciso me formar" pro modo "preciso de um emprego" antes mesmo de me formar. E olha que até a quarta-feira da semana passada, eu ainda não tinha certeza de que ia conseguir me formar. Na verdade, até o horário em que o cerimonial chegou com os certificados de conclusão para colocar no canudo, eu não acreditava que tinha dado tudo certo e eu ia me formar. Até eu conseguir abrir o canudo  e olhar o certificado com a frase "bacharela em comunicação social" eu não tinha acreditado que eu tinha conseguido me formar. Ainda assim, no momento em que eu completei o TCC, ao invés de comemorar as pequenas vitórias, eu imediatamente entrei em desespero.


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COLAÇÃO DE GRAU — Faz 47 horas e eu finalmente estou começando a lidar com a noite de 19 de julho. Eu sabia desde os 9 anos que eu queria estudar jornalismo. Não necessariamente ser jornalista, mas estudar jornalismo. Era o curso que me ensinaria a ser quem eu queria ser. Me ajudaria a escrever, a falar, a conhecer gente. Nesse sentido, aprendi tudo que eu precisava nos últimos 4 anos. Eu não tinha coragem de falar o que sabia no primeiro semestre e terminei na comissão de formatura, fazendo o dia acontecer. Eu fico ouvindo que a faculdade passa rápido, que eu vou sentir falta, que eu preciso pensar em continuar minha formação e continuar e continuar... Mas eu sinto que pra fazer faculdade, coloquei a vida em pausa, e agora eu finalmente posso voltar a viver. A faculdade foi tipo um presente que depois eu acabei precisando pagar. Nunca eu experimentei um leque tão grande de sentimentos e isso é exaustivo pra quem passou a maior parte da adolescência deprimida. Eu amei intensamente e odiei intensamente. Eu fiz meus melhores amigos e meus piores inimigos. Eu me senti poderosa e inferior. E eu sinto que agora eu preciso encontrar o caminho entre ser o que a faculdade não me permitiu ser, ao mesmo tempo que sou quem a faculdade me fez descobrir que sou. Não começamos do zero só porque uma fase acabou. Eu sou cada lição que já aprendi e é por isso que a faculdade sempre fará parte de mim. Eu sou cada amigo que fiz e é por isso que não recomeço do zero. Obrigada por cada gotinha de apoio enviada na minha direção❤️ #jornalismoporódio
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E agora eu estou sentada aqui, morrendo de medo do que vem em seguida. Eu tenho planos até o fim do ano, porque eu tinha planejado mesmo passar esse segundo semestre do ano trabalhando em coisas ligadas a literatura: focar na Bienal, lançar a versão corrigida de A Linha de Rumo e a versão física de Vozes, organizar outro evento literário e participar do NaNoWriMo em novembro. Mas mesmo tendo todos esses planos e sabendo que fazer isso em etapas é importante para a minha carreira, eu não consigo evitar abrir o Linkedin, o Vagas.com.br, todos os sites de emprego e ficar procurando vagas para repórter. Não consigo evitar querer me inscrever em todo concurso que aparece pela frente. Não consigo não me sentir inquieta por não estar ganhando dinheiro. Nem faz uma semana que a faculdade acabou, eu ainda tenho uma viagem de formatura de 20 dias pela frente e a bolha já explodiu. Eu não sou mais formanda ou estudante, eu sou desempregada. Exceto que... eu não sou desempregada. Eu lembro que quando eu terminei o ensino médio eu me recusava a dizer que eu era desempregada, porque eu era escritora e escritores nunca estão desempregados, estão apenas entre um texto e outro. Agora o "desempregada" vem fácil, mesmo eu sendo escritora publicada e jornalista. A faculdade me quebrou, gente. Tive uma crise de ansiedade maluca hoje de manhã antes de escrever isso aqui, porque não consigo parar de pensar que preciso escrever e preciso escrever muito e como eu não consigo escrever. Eu simplesmente me sinto derrotada e nem consigo descansar porque quando eu descanso eu me sinto culpada.
Eu sei que vai levar tempo até eu me encontrar de novo. Uma coisa que minha psicóloga me disse na nossa última consulta, duas semana atrás, foi que ela acha que eu vou voltar de Los Angeles com uma imagem de eu mesma mais definida. Eu também acho e eu estou me mijando sobre isso. Eu não sei o que vai acontecer. São 16 dias, 20 longe de casa, mas 16 dias na Cidade dos Anjos. E eu espero em Deus que eu só passe os dois últimos dias (os que vou passar em aeroportos voltando para casa) chorando, e apenas porque eu fui embora. Eu espero me sentir inspirada. Eu espero me sentir conectada e relaxada. Espero me encontrar lá, muito mais do que eu me encontro dentro da minha própria casa. E que se eu não me sentir dessa forma, que eu aprenda muito com tudo que eu sentir naqueles dias. Eu pretendo levar meu notebook e escrever quando eu tiver tempo livre (na verdade, eu tenho bastante tempo livre até agora, o que deixa as pessoas malucas e me faz dar graças a Deus por estar viajando sozinha. Da forma como eu vejo, eu não estou viajando para explorar, eu estou me mudando para Los Angeles por 16 dias. Eu não quero me entupir de coisa para fazer para conhecer cada canto da cidade, eu quero viver a cidade. E não interessa se você acha que eu estou jogando uma oportunidade única fora, a viagem é minha não sua.) ou quando der vontade. Eu pretendo escrever sobre Los Angeles antes de viajar. Se eu vou conseguir? Sinceramente, depende do meu estado mental. Talvez eu tenha medo demais para escrever, talvez eu esteja animada para escrever, talvez eu só consiga escrever quando chegar lá. O que eu sei é, eu estou me sentindo bastante à deriva no momento e este blog é uma das coisas que me define. Escrever é uma das coisas que me dá razão para estar viva e eu pretendo voltar para aqui como costumava ser, ou talvez de uma forma nova, que seja tão intensa quando eu preciso que seja. Mesmo que leve muito tempo.
Vejo vocês em breve,
G.